Acaso, ou talvez não, um momento grande de Arte que o era também para Adolfo Hitler. Auschwitz enquanto experiência da Morte, experiência do gozo estético. Sobre a dimensão estética do nacional-socialismo, leia-se, recente, os estudos de Hector Feliciano. ( Sem esquecer, paralelamente, as reflexões sobre a banalidade do mal da Arendt, sabendo nós que o horror dos campos era exercido de facto pelos kapos, judeus ou polacos. A Arendt, judia, foi pupila e paixão correspondida de Heidegger. O políticamente correcto é sempre cinzento e nem a preto e branco consegue pensar o mundo, esquecendo deliberadamente a Verdade oculta nas sombras. E, antes que cheguem insultos e preconceitos, informo estar a escrever ao som dos pretos de TV on the Radio ).
De outra forma o insuspeito George Steiner, ele como tantos outros no momento, a reflectir sobre o " triunfo da mediocridade " no Ocidente, exausto, esgotado, degenerado. Sobre esta sociedade sem tempo. Sem Solidão entre tantas solidões. Sem silêncio. Diz Steiner que o nacional socialismo se desenvolveu no " cerne de uma cultura erudita ". Sabe-o quem for honesto. E entender que se chegamos ao ponto zero de hoje, a semente vem de longe, é de esquerda. Antes da revolução " cultural " de Mao já a barbárie estava implícita nos bolcheviques que apelavam " à destruição das bibliotecas pelo fogo ". ( Steiner, ainda ). Nesse pressuposto nasceram as ditas vanguardas onde se acoitam os imbecis da modernidade e da pós modernidade, que tanto ódio têm ao Critério Estético.
( Sobre a morte da escrita e do livro como consequência de um quotidiano pautado pela ilusão da sociedade não do " espectáculo " mas da " diversão " em tempos de virtualidade, ler o breve e belíssimo " O silêncio dos livros " ).
No encalço de Guénon, Virillo, Radtzinger, Levinas ou Agamben, entre tantos outros, Castoriadis, ainda, outra vez: " uma sociedade votada ao culto do consumo e do zapping televisivo ". Apática, individualista, hedonista, " retraída sobre o seu pequeno mundo privado ", ( se isso existe ), e " que abandonou o poder às oligarquias liberais capitalistas, políticas, económicas, culturais e partidárias. Surpresa é encontrar tanta gente pretensamente surpreendida com os tiques autoritários e salazarentos de Sócrates. Este é o País, esta é a Europa onde, apesar de considerar que o Tratado se é bom para Berlin é certamente bom para mim, não me admira ver as " élites " a fugir do referendo. A Democracia, pois.
( Passem aqui ).
11 comentários:
Que democracia?????
Bom resto de domingo.
beijos
Com o Demo...até fiquei sem ar.
Beijinho doce boa noite que vou tentar sonhar... :))
... ou a falta dela!
Boa semana
Abraços e beijinhos
Pelos vistos, todos os males estão na esquerda. E Auschwitz pode ser uma "experiência de gozo estético"?
Aqui pelas minhas bandas está um belo dia de sol.... Bom dia!**
Espero que tenham tido um bom início de semana.Beijos.
Os males estão certamente à esquerda e à direita. Ideológicamente, mais à esquerda, por certo, que não em tudo.
O Mal, esse por todo o lado, sem esquerda nem direita.
Bjinho.
Uma quase agonia destes tempos?
Bjinho.
beijinhos e as melhoras!
Não concordando com muito do que aqui está escrito tenho que concordar com o final - demasiadas vénias, muitas, como sempre gostámos de fazer.
As melhoras e descansa
Beijinho doce
menos dores, kamarada. abraço.
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