domingo, 27 de janeiro de 2008

De Favaios a Alijó

como podia ser um qualquer outro instante em que, brutal, rompe mais do que o asco, a crítica e análise que faltam, nos faltam a esta vida sem continuidade, esta quase vidinha, onde enterramos o quotidiano de crescentes privações. Riso trágico que explica toda a extensão da crise a que chegamos. Nós, ainda mais do que a fatalidade obscura, turva, que nos defrauda e sufoca. A exigir o passo que tememos, que não damos, entre alienações que nos disfarçam o fastio e o tédio da modernidade pós moderna. Onde alienamos tudo aquilo que nos devia explicar e fazer. Ao certo, quase circense, um equilíbrio de hibernação, nós povo e o Poder, onde à vida contrapomos a sobrevivência. A revolta, aprendi-o com Débord que até nem de Direita seria, é impopular e como ela a arte que o seja, a cultura ou os partidos, ineficazes e sem interesse objectivo, aliás. Resta fazer as situações, que o reconhecimento delas já o fizemos e conhecemos. Desencantar uma qualquer revolução possível onde não existe movimento ou actividade revolucionárias. Felizmente, por acaso. Ou talvez não. Ashes to ashes, cantava o Bowie. A criação de situações novas, portanto, de situações ( como o explicaram os situacionistas faz tempo, muito ), talvez atire para a sucata a merda onde nos movemos e se inicie a inversão. Ruptura. Subversão autónoma e que se dane a revolução.

8 comentários:

Activista disse...

bom domingo!

Alien8 disse...

Pinto Ribeiro,

Um bom resto de domingo e uma semana ainda melhor por estes lados.

Abraços.

MariaTuché disse...

Gostei.

Beijos e boa semana

MEU DOCE AMOR disse...

Ineficazes...sim.

Beijinho doce:)

Alien8 disse...

Ministro da Cultura, K´mr'd? Excelente!!!

Um abraço.

Anónimo disse...

Bem pensado e escrito o quotidiano do nosso tempo.

Um abraço Pinto Ribeiro

Lobo das Estepes

PintoRibeiro disse...

Já nem nos PR's se pode confiar, Alien...lolololol.
Abraços, K'mrds.

Olga disse...

A base de um país que, na minha opinião, deveria ser a educação e a saúde, está um caos! Sem base... um dia ruíremos!

Beijos.