sábado, 30 de junho de 2007

O astrónomo de Jan Vermeer.

Acaso, ou talvez não, um momento grande de Arte que o era também para Adolfo Hitler. Auschwitz enquanto experiência da Morte, experiência do gozo estético. Sobre a dimensão estética do nacional-socialismo, leia-se, recente, os estudos de Hector Feliciano. ( Sem esquecer, paralelamente, as reflexões sobre a banalidade do mal da Arendt, sabendo nós que o horror dos campos era exercido de facto pelos kapos, judeus ou polacos. A Arendt, judia, foi pupila e paixão correspondida de Heidegger. O políticamente correcto é sempre cinzento e nem a preto e branco consegue pensar o mundo, esquecendo deliberadamente a Verdade oculta nas sombras. E, antes que cheguem insultos e preconceitos, informo estar a escrever ao som dos pretos de TV on the Radio ).
De outra forma o insuspeito George Steiner, ele como tantos outros no momento, a reflectir sobre o " triunfo da mediocridade " no Ocidente, exausto, esgotado, degenerado. Sobre esta sociedade sem tempo. Sem Solidão entre tantas solidões. Sem silêncio. Diz Steiner que o nacional socialismo se desenvolveu no " cerne de uma cultura erudita ". Sabe-o quem for honesto. E entender que se chegamos ao ponto zero de hoje, a semente vem de longe, é de esquerda. Antes da revolução " cultural " de Mao já a barbárie estava implícita nos bolcheviques que apelavam " à destruição das bibliotecas pelo fogo ". ( Steiner, ainda ). Nesse pressuposto nasceram as ditas vanguardas onde se acoitam os imbecis da modernidade e da pós modernidade, que tanto ódio têm ao Critério Estético.
( Sobre a morte da escrita e do livro como consequência de um quotidiano pautado pela ilusão da sociedade não do " espectáculo " mas da " diversão " em tempos de virtualidade, ler o breve e belíssimo " O silêncio dos livros " ).
No encalço de Guénon, Virillo, Radtzinger, Levinas ou Agamben, entre tantos outros, Castoriadis, ainda, outra vez: " uma sociedade votada ao culto do consumo e do zapping televisivo ". Apática, individualista, hedonista, " retraída sobre o seu pequeno mundo privado ", ( se isso existe ), e " que abandonou o poder às oligarquias liberais capitalistas, políticas, económicas, culturais e partidárias. Surpresa é encontrar tanta gente pretensamente surpreendida com os tiques autoritários e salazarentos de Sócrates. Este é o País, esta é a Europa onde, apesar de considerar que o Tratado se é bom para Berlin é certamente bom para mim, não me admira ver as " élites " a fugir do referendo. A Democracia, pois.
( Passem aqui ).

Bom fim de semana.


América, cavalgas sobre
as costas de órfãos
e aterroriza-los todos os dias.
Bush tem cuidado.
O mundo reconhece
um arrogante mentiroso.
Dirijo a minha tristeza
e as minhas lágrimas a Alá.
Estou melancólico
e oprimido.
Maomé, não me esqueças.
Apoia a causa do teu pai, um
homem temente a Deus.

Sami Al Hajj


( Poema de um prisioneiro do Campo de Concentração de Guantânamo, retirado da revista Sábado. Será publicado em breve um livro destes presos com poemas escritos com pastas de dentes ou gravados com as unhas em copos de plástico. É preciso não esquecer os crimes americanos e estes homens, culpados ou não, esquecidos num Inferno intolerável ).

sexta-feira, 29 de junho de 2007

POST ENFRIOLEIRADO!



( Por causa do terceiro a contar deste. Caixa de comentários, lá. Arte a cargo de Koons e Bordalo Pinheiro. Banda sonora: C.R.E.E.P., não dos Radiohead mas dos The Fall, banda residente neste Kolectivo. Anotem: o marido da Morgadinha, o excelso maoísta reciclado que bota sentença e virtude a propósito de tudo e de todos os que não cabem na cartilha, como bom blokista que é apesar de se ter já colado ao Costa, em Direito, foi a exame e chumbou. Não me recordo de nada assim nos últimos anos. Lapidar, lapidar, mesmo quando ele diz que, claro, não é burro, incompetente ou medíocre mas que é vítima de perseguição de uns fulanos, o Jurí, com problemas mentais. Bom fim de semana K'mrds, beijos e abraços ).

Post rasca a propósito dos comentários no anterior. Aos finóides da blogo. Bom fim de semana.

Bacon. O artista. Texto a ler, o do PR.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

,além do mais, eles, os outros, já não existem. somos confrontados com essa coisa vaga e indefenida, a opinião pública. a democracia de opinião. uma coisa pegajosa que tutela gestos e vontades. ( agora o tabaco, amanhã a pizza, um texto belíssimo do VPV hoje no Público. proiba-se pois o cigarro, e por mim, feche-se a escrita, o alinhavar das ideias, o café da manhã, o ouvir das canções e dos poetas, os entardeceres sem gente na praia. mas em nome do que nos faz bem autorizem-se os charros, o vinho num país de alcoólicos, o aborto, as salas de chuto ). o espírito de matilha que não esconde a visão totalitária do políticamente correcto pensamento de esquerda com tiques new age. mediocridades que todos assumem instantâneamente e que não se sabe de onde vêm. fatalidade que tudo devora. corrói. resta apenas o interesse geral, coisa que ninguem sabe o que é. procurei durante demasiado tempo estar perto dos outros. sem consequências. passar pelos dias é passar pela experiência, pelo conflito com as nossas profundezas onde habita a estranheza face aos outros. a noção de ruptura. de incapacidade. qualquer coisa intransponível que tento atravessar frente às horas. ou, colorindo paisagens emocionais. ao fundo os Editors que, por fim, desta vez sim, fizeram o excelente An end has a start. a decadência, apatia ardente, disse-o Luís de Góngora. e porque estou farto de publicar pexisbeque, Rodin, porque gosto. muito. bom dia. felizmente, era tempo, apareceu isto.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Em complemento ao debaixo, ( ler ), post dedicado a sua Exª. o Primeiro,


"inginheiro" Sócrates.
(andy warhol)
Ir a este.

Faz tempo mas apetece. Recordar. Sempre vem aí o Verão

e este, o de 1995, foi florido. Na agonia de Madchester, ( Stone Roses, Supergrass, Farm, Happy Mondays, James, Primal Scream, Soup Draagons, Charlatans ), os Pulp arrancaram com Common People e nada mais apropriado. Tempos de comédia, ou nem isso. Farsa bufa. Em nome da arte o circo do novo pato bravo do regime assentou arraiais no CCB, agora em roupagem de Feira Popular e telenovela de comadres. ( Hilariante, não nos saísse o acordo do bolso. O Sócrates, sabemo-lo agora, é pop ). Ao certo o fulano, o Berardo, não gosta de sangue azul e a ser assim dá-me o direito de não gostar mesmo dele. O problema do Comendador não é ter raízes humildes. É só ser muito rasca. Por algum motivo o fascínio pela dita arte. Já lá diz, taxativa, Ilona Staller, aka Cicciolina: sou uma artista. Lapidar, lapidar. Como lapidar é constatar que num sistema de saúde onde doentes crónicos e crianças vão pagar taxas moderadoras, num País em envelhecimento e a precisar de crianças e de uma política de apoio à família, o Aborto, legal e incentivado, vai ser gratuito para as fulanas que por ele, em nome da Liberdade e Dignidade da Mulher, ( pois ), optarem. Uma ninharia. Fica-nos, a nós contribuintes, por uns míseros 800 euros cada. Artes. Rave on, rave on...

terça-feira, 26 de junho de 2007

" A nossa época é esta em que se inventou esse termo supremamente ridículo de pós-modernismo, para esconder a esterilidade eclética, o reino da facilidade, a incapacidade de criar, a evacuação do pensamento em proveito do comentário, do jogo verbal ou da eructação. Época de parasitismo e de pilhagem generalizada. O pós modernismo é chão e invertebrado. Confissão de esterilidade ".

Texto de Cornelius Castoriadis.
Instalação "explicativa " de Daniel Buren.
Para os mais distraídos com as merdas da blogosfera, solidário ainda e sempre com este.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Este diz que é a Cultura! Cagão, foda-se a Cultura, então.

( Postes em série e o do PR mais abaixo. Uma boa semana, longe de coisas destas ).

Pena de morte, claro que sim. Assim fosse por cá.

Ali, o " químico ".

Sem café nem cigarros, eu, que não o Jarmusch, e


a ouvir Brandenburg dos Beirut = pouca vontade para isto em dia de vitória para o novo pato bravo do Reino, Joe Berardo, benfiquista e amante de arte, especulador e rasca qb. Tem as "qualidades" todas, o senhor. Assim como assim, é dia do Museu, que sendo um mau acordo para o Estado ( = nós ) o é bom certamente para ele. O interesse público subordinado a poderosos interesses privados, a esquerda calada e o Sócrates a mostrar onde moram as suas fraquezas. Trapalhadas sem fim ou nem isso, como bem, mais uma vez, António Barreto lembrou ontem no Público inventariando o que aqui temos post atrás de post alertado. O cerco autoritário e censor deste Governo. O controle. Ou a degenerescência da Democracia. Moral, social, cultural, ética, política. Cada um com o País que merece e de saída eu, que estar aqui sentado, cansa, dói (-me) e lá fora está sol. Para quem não reparou dizem que se conseguiu um bom acordo na UE. Pois. Boa semana Kamaradas. ( A ler, este ).

sábado, 23 de junho de 2007

( Não estranhem o blogue. É do dia ). Rambozo the clown! RUIDOSO

pois, ! O dia, o fim de semana e o post, que aqui não se ladra mas morde-se de frente e com clareza. ( Com os Dead Kennedy's de Bedtime for Democracy, a pensar no Sócrates ). Como é São João e continuo com dores, há que relaxar e assinar apenas o ponto. Haja música e sol, que postes com substrato estão por aí abaixo. Salvo seja, que sendo de Direita somos incultos, pois. Para almas mais suaves a sugestão. Também musical. Fiquem com Strangelet do Grant-Lee Phillips, o melhor do ano. Até agora, com 23, Blonde Redhead, selo 4AD. Beijos e abraços Kamaradas. Conhecem este animal?
( Bedtime For Democracy - 1986 * * *
On their last real album, the band return to the mega-fast blast of songs in the style of Fresh Fruit For Rotting Vegetables or In God We Trust, Inc., but more Polished. Could it be the Dead Kennedys parodying the Dead Kennedys? This album takes itself less seriously than Plastic Surgery Disasters and Frankenchrist, possibly because their hearts weren't 100% into it. "Dear Abby," "Rambozo The Clown" are a few examples of the attack on the media. Other topics include the usual; corrupt government, scientific nightmares, military and everything else. While a few of the songs don't hit home, there are still some great tracks here like "Macho Insecurity" ).

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Era Vulgaris.


( Queens of the stone Age ). Mas nem isso. Nem de propósito o EPC hoje, outra vez, como sempre. Com o pretexto dado por uma nova colecção de Literatura, aposta de algumas Editoras exemplares que por aí insistem, a par do elogio vem o sacrosanto pedido de...apoios e subsídios. Porra que não há paciência para a postura do "intelectual". Mesmo sabendo que os intelectuais para o serem neste recanto têm de comer as migalhas e benesses da mesa do Poder. Mendicantes e bajuladores, pedintes merdosos com um toque de esquerda, qual cereja em cima do bolo. Querem mais? Leiam o BB no Público hoje e percebam a basófia cretina dessas luminárias. A talho de foice, li algures que na falta de tese, venha a língua e a epígrafe. A rasquice é vulgaris no artista. Como o erro. Nã, carai: bata punhetas, guarde mamas e faça círculos! Blogue!!! A mediocridade, portanto.
A sério, entre trapalhadas avulsas, este governo vai montando o cerco que escapa aos comentadores mais atentos. Esquecendo o tal bilhete de identidade 5 em 1, sigam a construção do banco de dados da Função Pública, com a vida privada completa dos seus funcionários, a aberrante Regulamentação sobre a Lei do Aborto ou a Legislação em curso sobre a recolha de ADN para um banco identificador em que TODOS NÓS, sendo simples arguidos pela infracção mais banal nos sujeitamos a ficar registados. Não fosse o Sócrates um homem de esquerda apoiada pela Zézinha ex-PP na Câmara de Lisboa, via Costa, apetecia gritar, Fascismo NUNCA MAIS! Era, não era?
Bom fim de semana. E biba o São João!!!

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Irritadiço, anda o Prado Coelho. Vantagens de andar por aí a circular e ter tempo para ler jornais.

Ontem com Castoriadis, felizmente um tipo de esquerda que não é parvo e que, como nós, diz o óbvio. A arte contemporânea não se discute porque não existe, é uma impostura, uma farsa. O triunfo, não dos porcos, mas da merda. ( Eu fui buscar o Judd, e deixo a resposta para o PR ). Hoje, EPC, volta à carga contra Rio e La Féria, que me são indiferentes, em nome da sua já registada superioridade intelectual e aversão típicamente esquerdóide à mediocridade do " povão ". A insuportável arrogância da nossa burguesia iluminada. Não sei quem vê ou o que deve ver cada um. Sei que um teatro tem de dar lucro, a cultura não pode nem deve, como tudo ser uma coutada do Estado e muito menos ser subsidiodependente do dinheiro dos contribuintes para alimentar as brincadeiras dos nossos criadores e artistas. Pior, a cultura não é património da esquerda. Muito menos desta. E a propósito. Não sei se Rio, um bronco, todos o sabemos, devia ter denunciado num link camarário a ausência de ética deontológica do sub-director do JN. Mas sei que o cidadão David Pontes ao ir manifestar-se como cidadão contra Rui Rio merece ser denunciado e veio dar razão a Rio. À " parcialidade e oposição " daquele jornal. Sei que esse senhor, naturalmente de esquerda, não tem princípios e no fim, claro, faz-se passar por vítima. Mais. Enquanto cidadão, ou não, esse senhor põe em causa o estatuto e a imagem de todo um Jornal que, queira-se ou não, passa a estar colado permanente ao rótulo de oponente ao Presidente da Câmara do Porto. Rui Rio agradece e a ter razões nas críticas o JN perdeu-as todas e não tem autoridade moral para continuar a ter credibilidade em tudo o que escreva sobre o executivo camarário. Ponto final. Sobre este recanto tuga: Nacho, vedeta porno catalã, chegou e foi longo ao ponto. Em Portugal o porno e o erótico são na net e na blogo. Mais nada. Mais a sério. Vão aqui, obrigatóriamente. ARGUIDO. VERGONHOSO!

terça-feira, 19 de junho de 2007

Heimat. Vamos ali e já voltamos.

( E enquanto o pau vai e vem, fica isto parecido com zzzzzzzzzzzzzzzzzz e o poste mais os comentários no debaixo. Quando aterrarmos lançamos as vossas cordiais visitas. Abraços deste Kolectivo revolucionário que só é circular com a Nancy Spero. No resto, vertebrados ).

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Esterco humano, pedofilias, a arte, sociedade e civilização no sotão e outros baloiços



do relativismo pós moderno da eskerda dita chic mas burguesa, materialista, consumista, obscena, hedonista e rasca cuja busca desenfreada de fragmentação, ( ou fracturação, no dicionário blokista ), mais não esconde do que a esquizofrenia onanista de um enorme ódio à Vida. Assim, por exemplo, levando ao limite o pensamento de Sloterdijk em " Ensaio sobre a intoxicação involuntária ", ( e dele já aí anda também " O sol e a morte " ), a sua batalha quer contra a Família quer contra a Criança, sendo que o o primeiro explica o segundo, em nome por exemplo da Mulher. Ou das crianças. Ternurento, o discurso, embrulhado em vagos conceitos de Liberdade, Autonomia e coisas semelhantes e que de facto nada explicam. O relativismo enquanto imposição do marcusiano Homem Unidimensional, lembram-se? Digo-o também eu que reparto o asco tanto por esta gente como pelos ditames católicos das "direitas" conservadoras. Ser moral não significa ser bom mas tão só que todos temos de confrontar situações e comportamentos com o problema moral e com as nossas escolhas de vida enquanto alternativas morais. Somos, sempre, portadores de responsabilidades morais, as da escolha entre o Bem e o Mal. A recusa destas noções, o relativismo, a ambivalência ou a permissividade significam apenas a ruptura e a negação do direito de escolha. A infantilização. O fim dos deveres e obrigações. Percebe-se. Não o aceito. ( Consultar Zygmunt Bauman ). Tomemos o mentor e tutor deste relativismo, o guru de Maio de 68, o judeu adepto e justificador das práticas pedófilas, Cohen-Bendit. A par dos trilhos criminosos da perversão decadente, da tara, do desvio neste " mundo de alucinados " é preciso desmontar o não pensamento do políticamente correcto e insistir na " sensação da verdade " e esperar, como o ensinou Julius Evola, o início de " alguma crise libertadora ". O marxista Castoriadis também o diz, de outra forma: " somos escravos da ideia de liberdade absoluta entendida como puro arbítrio ou vazio absoluto ".
O recente acórdão a propósito de uma criança de 13 anos, do STJ, consternou o País. Por mim, defensor da pena de morte, não me espantou. Como não me espantou ver o governo de Sócrates, em cujo programa de governo está inscrita a construção da OTA e que foi eleito por maioria, não recuar ou debater políticamente a construção de um aeroporto para se submeter a um relatório, não sei se bom ou mau, da CIP. Lapidar. Quase tanto como Rui Rio, eleito nas urnas, com quem não simpatizo, não ter a representação popular que a tem um milhar de manifestantes. Lapidar, outra vez. Ou perceber porque motivo a mesma esquerda quer que seja o Estado, sempre o Estado, a pagar e a tutelar teatros e artes e a impor uma matriz subsidiada de criação. Ou ver o Costa, em Lisboa, a defender os casamentos de paneleiros. A canalhada vale o que vale e a desonestidade outro tanto. Aqui, como no resto. Mas é lamentável e asume aspectos tenebrosos ver a indignação dos intelectuais e pornógrafos habituais de pacotilha a ladrarem em coro quando a realidade que contestam assenta na teoria que elaboram. Ladrem portanto, os ditos, e de preferência ofereçam um blogue a cada um. Pior, só a DREN que se limita a confirmar o que sempre por aqui tenho escrito: o salazarismo não era de Direita mas os genes dele acamparam bem na eskerda pós ranchada 25 de Abril. Boa semana, abraços, Kamaradas. ( A Arte, Arteeeeee, esqueçam as mamas, sffavor, fica a cargo do Sr. Mike Kelley e a banda sonora dos Sonic Youth que de Arte sabem alguma coisa e não precisam das ditas, mamas, para riffar. A Arte e os artistas. Este é um post dedicado a fetichistas da memória e sucedâneos ).

domingo, 17 de junho de 2007

zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz.
( Blogue em poisio à espera, ainda do PR que os outros, nós, não estamos para isto. Quem estiver mal que se queixe à CIP. Bom domingo ).

quinta-feira, 14 de junho de 2007

AllahuAkbar! Ontem, o Líbano, hoje Gaza, amanhã Jerusalém!

Bom fim de semana.
( Post dedicado ao PR ).

João César das Neves e explicado está

o não apreciarem a prosa do dito. Hoje, lapidar: " ver os desgraçados à espera nas filas de transportes, porque trabalhadores privilegiados estão em greve é perceber que, se Marx voltasse, teria muito trabalho para fundar um partido proletário contra os partidos burgueses chamados marxistas. " Ou seja, os partidos ditos da esquerda são meros berloques ( com sindicatos incluídos ) conservadores e reaccionários. Os trabalhadores em França e na Alemanha já o sabem faz muito tempo. Cá lá se irá. Ou, não. Porque a nossa dita Direita de Revolucionária pouco tem. Assim como assim, o mundo anda. O HAMAS mete na ordem a Fatah e a Europa, preocupada, já quer enviar tropas e conseguir um cessar fogo. Pois, percebe-se. Faz lembrar o Líbano e o Hizbalah a tratar da saúde à canalha sionista. Ao certo, a ONU confirma o óbvio. Parcialidade do Ocidente na questão da Palestina e no tratamento ao governo islâmico. O Human Rights Watch insiste na denúncia e confirmação das prisões secretas da CIA na Europa, onde se pratica livremente a tortura. A Europa, pois. Fica a Arte de Hans-Peter Feldman e a falta de tempo para isto. O Morpheus, longe, o Bernardo às voltas com o final do ano lectivo e a Sónia, como eles e eu, aliás, saturada desta merda. Repito o mesmo de ontem. A escória que não insista, deixe o mail em paz e percebam que já nem aborrecem. Só cansam. Fiquem felizes, se souberem. ( Link, aqui. Comparar com a interpretação que o referencial Público faz das declarações do Ayatullah Sistani ).

quarta-feira, 13 de junho de 2007

The lost art of keeping a secret, tocaram-na os Quens of the Stone Age,

e descobriu-a, lúcido, nas retretes, mundo fora, Mark Ferem. Pois. A haver sítio ideal para a dita, este certamente será um deles. A lixeira foi, com a sugestão do Bernardo e perante a estúpida obstinação do costume, reaberta, e lá fica a merda que aqui insistem em despejar. Discretamente, esperem para ver, o Lino lá veio com a OTA, outra vez, e toda a gente, como eu o tinha notado ontem, já percebeu, ou quase, que recuo aqui rima com Costa em Lisboa. Mais séria, essa sim, a situação na Palestina onde a morte de Arafat não significou o fim da corrupção, da traição e do nepotismo da Fatah. Mesmo quando fornece o cimento com que Israel constrói o Muro ou, mais recentemente, é armada pelos USA para combater um Partido legitimado nas urnas com uma esmagadora vitória eleitoral, dada como justa por todos os observadores internacionais. A Democracia, no mundo islâmico, só serve ao Ocidente quando pactua e se submete à escória sionista. A guerra civil será sempre de lamentar mas, perante a tentativa de golpe de estado de Abbas, é tempo de nas ruas o Hamas defender os direitos que os Palestianos lhes deram nas urnas. Ler aqui, aqui e aqui.

terça-feira, 12 de junho de 2007

O silêncio nasce quando o canto começa, disse-o mais ou menos Rilke.

Para mim, encerrado o Instantes, apetece-me música. No leitor, claro, que isto de blogues com youtube cheira-me a MTV para adolescentes retardados. Play list, Thrill Jockey, ( Tortoise ), Solaris, ( Jah Woble ), Fixed, ( Nine Inch Nails ), Money for All, ( Nine Horses ) e Bardo Hotel Soundtrack dos Tuxedomoon, os que dizem: the right music at the right time can save a life. Isto mesmo sabendo que o rock, o pop, o indie e o que for, podem reduzir-se ao Lou Red, ( com os Velvet ), à Smith e ao Neil Young. O resto são derivações mais ou menos geniais, momentos de fogo de artifício como, por exemplo, Baby 81 dos Black Rebel Motorcycle Club ou os Fratellis de Costello Music. Ou de Bowie ou dos Doors, ainda, por exemplo. Ou dos Arcade Fire que ao segundo são fabulosos mas nem por isso o álbum deixa de ser uma boa merda. Adiante. Hoje as consciências bem pensantes vão falar do trabalho infantil mas nem por isso deixar de comprar ténis e roupas de marca ou boicotar os Jogos de Pequim. O País segue tranquilo. Desde a acusação do MP a agentes da Judiciária por prática de tortura, parece, a saber-se ser normal, ao que parece também, os ditos, pararem para almoçar durante 2 horas, bem regados a vinho e uískie. Normal, acha a Direcção da dita que não entende a confusão que a " privacidade " dos agentes provoca na imprensa internacional. A calhar veio o recuo da malfadada OTA para o Costa mas, felizmente, por uma vez, seja qual for o motivo, valeu a pena ver Sócrates parar. Sinais. Iguais às vaias em Setúbal. As primeiras. Pode ser que o estado de graça tenha abanado. Se, realmente, algo abana neste triste recanto. Arte, a propósito, chinesa. E a ver, este. Fiquem bem.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

O ridículo.




Cavaco, ontem, em Setúbal numa das suas arengas inofensivas. Ou a condecorar uma coisa chamada Rão Kyao. Pobre Pátria, vulgarizada com heróis deste calibre. Não menos ridículo, a roçar a cobardia, o Lino a entrar no deserto pela porta das traseiras. Ou Soares no Expresso. De esquerda, bem serôdia. Entre elogios a Chávez, um democrata, pois, à admiração nutrida por uma personagem corrupta e abjecta como Lula. O absurdo instala-se e mais do que comédia fazemos face ao grotesco. Como o pregador Louçã a queixar-se de que lhe dão pouco tempo de antena. Acreditem ou não, as imagens hoje são de um artista a fazer furor, Thomas Schutte. Arte, alguem tem dúvidas? De passagem, eu, que é segunda feira e o sono muito. Joseph Radtzinger que não é só Papa mas homem Culto, Filósofo e Teólogo, escreveu: " Se se quer realmente resistir ao Mal, é verdadeiramente importante não cair em falsos moralismos, que já não colhem nada, e, pelo contrário, ver quanto beleza ainda existe ". Não sendo de eskerda não sou moralista e não sendo católico gostei do que li. Vamos à semana, que o tempo é pouco.
( Encontrei isto num blogue que visito. A assinatura foi minha de um blogue que já fechei, o comentário não é meu. Logo, a farsa continua...haja paciência para tanta filha da putice e desculpas aos que forem visitados por "amadis / pintoribeiro said...
O meu quadro. Munch. Perfeito. Um abraço ",. Mais ridículo, aqui, a ler a caixa de comentários. E rir, rir muito a propósito destas " angelas " ) .

sábado, 9 de junho de 2007

Sugestões, porque está calor.






A rodar, read & burn, os Wire. Entre mãos estes. Entre o ennui and the inertia, coisas de dias assim.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Bom fim de semana.

"secol superbo e sciocco (...) . Non io / com tal vergogna scendoró soterra: ma il desprezzo piuttosto che si serra / de te nel petto mio, / mostrato avrò quanto si possa aperto (...) ".
Giacomo Leopardi.
( Adenda: segundo o Público de hoje um dos nomes a marcar a época dos grandes festivais de Arte, este ano, Europa fora, é o de Rosemarie Trockel. Uma honra irónica termos trazido a pintora a este blogue faz agora dias, antes da notícia sair. Pois é. Coisas de blogguers de Direita que da Kultura sabem pouco e de artistas pouco gostam. Ainda segundo a notícia/inquérito, a ausência de artistas cá do burgo deve-se à falta de apoios do Estado. Pois. Lapidar, lapidar. BEAUTIFULL LOSERS, os pedintes do subsídio. E visitem este post fabuloso ).

quinta-feira, 7 de junho de 2007

o sangue é o sacramento de Deus.
( a partir de a. r. penck, o quadro ).
Poste para sexta feira, aqui, que é também uma resposta à verborreia habitual da Mucznick. Por cá pouco ou nada de novo. Persistente e continuado o lixo nas caixas a ir para o lixo. A Justiça soma e segue. Do traficante libertado por erro processual aos bitaites de Saldanha Sanches, bem ao estilo da sua esposa. Tudo lido e relido, populismo barato e pouco mais? Uma das tragédias deste pobre País é ter de suportar a arrogância dos arrependidos do maoísmo. Por mim, nada de novo. Conheco-os bem, desde o tempo em que os vi em acção na Faculdade de Direito, com a cobertura dos Rui Machetes e de assistentes como Oliveira Martins. Durão e Santana também lá passeavam. 3 anos depois fui para Filosofia e Teologia. Virei costas aos negócios bancários da família mas fiquei a saber, como aqui já alertei, que o pior está para chegar com a explosão das bolhas bolsistas. Em tempo de G8, Putin, de quem não gosto, mostra à Europa que é a Rússia quem é europeia e que o nosso maior inimigo, desde 1945, sempre o foram os USA. Leiam Bismarck e fiquem bem.

terça-feira, 5 de junho de 2007


Viver será crescer na exigência e compreensão éticas. Sabia-o o Platão da polis. Ensinou-o Steiner. A Luz, colhemo-la por entre sangue e fogo e, nessa demanda somos sempre um Werdender, como o viu Heidegger depois de Nietzsche. Não o sabemos nós nestes dias de desencanto no quotidiano pop da democracia de massas. No Líbano, a tragédia sem fim. A mesma que comoveu o mundo em Setembro, New York, e é esquecida quando esse punhado de loucos a soldo da CIA, a al-qaeda, martiriza milhões: no Líbano como no Iraque, no Afeganistão, no Irão como no Paquistão. Porque aí morrem muçulmanos, preferencialmente xiitas, inocentes. Como os refugiados palestinianos do sionismo. Oh, Mensch! Gibt Acht! Was spricht die Tiefe Mitternacht?

domingo, 3 de junho de 2007

Toshikatsu Matsuoka.


Grão a grão, já o diz o ditado. Assim o desmantelamento cirúrgico da GNR, a curto prazo enviada para combater os fogos. Pois. Ou as cambalhotas de Rui Pereira que enquanto magistrado, em 1994, defendia o contrário do que perigosamente agora reclama: a subordinação do Ministério Público ao Governo, em matéria de investigação penal. Pois. Distraídos, nós, eu sei. A bolsa na China emergente parece ir rebentar mas isso fica longe, claro, e importante são os pontapés na bola do Nani. Distraído também Sócrates, sobre ainda e sempre, a OTA. Na UnI não aprendeu a distinguir entre convicção e arrogância autoritária e, alheio a todo um País, só não parece alheado de interesses realmente obscuros, já que a teimosia não explica tudo. O Matsuoka? Era ministro, japonês, e suicidou-se com a vergonha de um escândalo menor. Podia ser uma saída exemplar. Pelo menos na discussão sobre a sucessão no TC que, com o caso do tal Pereira, não faz sentido nenhum. Aliás, como a Justiça, quase toda ela. O Supremo que o diga. Afinal o que esperar quando Roseta diz que se vai candidatar em Lisboa não para resolver mas para incomodar? Pois. O Bloco blokeou, parece, e balança entre o pregador salazarento, Louçã, e o mestre de coreto, Fazenda. Agora virou verde e ecológico e com a arrogância típica de eskerda, mais o discurso eco que recuso e não entendo, fala em defender os nossos recursos, o nosso Planeta. Nosso, nossos? Eu penso precisamente o contrário. Pertencemos ao Planeta, a Gaia, não ela a nós. Mas este é um disparate velho do pensamento verde. Adiante, pois.Cavaco sem políticas nem ideias para inverter seja o que for, está preocupado com a regressão das taxas de natalidade. Pois. Eu também. No entretanto vai aprovando as leis sobre a imigração, a nacionalidade e a legalização do Aborto. A sério, o mundo. No Líbano, o exército tenta esmagar um gang de terroristas sunitas que "raptou" os campos de refugiados palestinianos, numa tragédia de 60 anos cuja causa, origem e responsabilidade é, apenas, no limite, sempre, a existência do estado terrorista e ilegal de israel. Em Rostock, uma alegria por fim, com o fogo antiKapitalista do SchwarzerBlock. Apesar da anexação imposta à RDA e de todos os " A vida dos outros " que aí andam. Orgulhoso, eu, tenho na gaveta a minha " fur treue dienste ", gosto de Trabants e de café Rondo e aprendi a conjugar o das Kapital(ismo) com a nova velha eskerda chickaviar que nos monotoriza o dia a dia e com elas o que somos e não somos. Boa semana, Kamaradas. ( A primeira imagem é de RosemarieTrockel ). E passem aqui. Do mal o menos. As estatísticas dizem que somos só 500.000 atrasados mentais.

sábado, 2 de junho de 2007

Self destruction. Final. Survivalism. NIN.

O blogue, se calhar, mas mais certamente o País. Entre o engenheiro que não o é, parece, ( Sócrates ), e o engenheiro que se gaba e diz que o é, ( Lino ), o traço: a recusa, a rejeição do real a marcar o retrocesso e a decadência civilizacional. A nossa. A Abu Graib, que condenei sem nenhum mas, sucede um campo de terror em Baquba/Diyala, tutelado pela Al-Qaeda. Curioso, o silêncio envolvente, agora, blogo fora. Para retemperar, arrepiante, a ler este. Bom fim de semana.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Dia Mundial da Criança.











Para que se não esqueça a realidade escondida nas palavras bem pensantes e hipócritas. Eu deixo um bom fim de semana e um beijinho grande à minha filhota.