Imagem: A scene from 'Behind the Scenes Players', a drama directed by Abbas Aqsami performed at the Traditional and Ritual Theater Festivalin Tehran. ).
Acabado não terá mas. Suspenso, certamente. Ou aos tombos. Cansado, eu. Muito. E, sem tempo, com a falta antiga de paciência para isto, crescente. Ao certo, passa pela ida embora de quem o tem aguentado. O Bernardo. Ontem. Trabalho, ou a falta dele. A Sónia, longe disto. Eu, para lá do referido, sem vontade. A voragem dos dias, a realidade a impor-se a esta virtualidade que não me apetece. Indiferente aos onanismos e confissões mais ou menos psis da maioria da blogosfera, cinco anos e uma data de blogues depois, o precisar de me afastar. A tentar entender. Muita coisa, e também sentido para aqui continuar, contrariado. O país, sim, mas eu próprio. As minhas horas. O meu cansaço. Comigo e com o resto. Apenas isso. A duvidar da utilidade de andar por aqui a debitar o óbvio. O trabalho, a falta dele, a precaridade, a desagregação social, o combate ideológico que, lastimavelmente, seja na esquerda ou na direita se resume a enumerar os factos sem ver as causas, e a denunciar um sistema que no limite todos invejam. Quem o denuncia apenas lamenta não fazer parte dele ou a querer apenas mudar o dito. Eu, pessoalmente, prefiro simplesmente acabar com ele, o dito, o Sistema, qualquer que ele seja. Vazio de conteúdos. De ideias. De perspectivas. Uniformização de padrões. Tiques. Opiniões. O resto é pessoal e não será aqui que me vou desvelar...lololol. O click aconteceu se calhar com a morte do Professor. EPC. Em nome do trivial o ter adiado por dois anos o convite para um café. E perceber que, depois, é sempre tarde. Isso e sentir a hipocrisia crescente de um país onde nos temos de limitar a sobreviver. Cada vez mais. E, nada como o ter de sobreviver para nos aniquilar os princípios. Sinceramente, ando cansado. Muito. Sem paciência. A precisar de silêncio. De solidão. De uma pausa. Que futuro onde um governo volta de férias a falar outra vez do choque tecnológico, de um Durão a acobardar-se no caso Somague ou onde a primeira medalha de ouro no atletismo, a da Vanessa Fernandes, foi eclipsada pela de um fulano da Costa do Marfim? Da não renovação de milhares de contratos de trabalho, da precaridade dos recibos verdes onde andamos 2 e 3 meses para receber parte do que nos devem, da insustentabilidade da escolaridade obrigatória onde não podemos com o aumento dos custos dos manuais escolares, e lá se vai a cantilena do Sócrates, da extinção do Serviço Nacional de Saúde, da farsa da Justiça. Alguem ainda sabe do caso Maddie? Pois. Sintetisando, ando a tentar encontrar sentido(s). Para muita coisa. E sem me perceber e perceber, por pouco que seja, o que me rodeia, isto não faz sentido. Isso e o resto de que já falei. O cansaço. Físico e mental. Em banho maria, portanto, o blogue. A voltar quando der, se der. Até lá sejam felizes. Se puderem e se souberem. Às vezes, nada como o silêncio. E encontrar novas prioridades e novas formas de intervenção mesmo quando percebemos que, fartos, só nos apetece mesmo estar sózinhos. Abraços Kamaradas. Sem desistir, claro, a resistir, sempre. Mesmo quando não parece.
Haja o que houver, esperarei. Vai à tua vida em paz. Embora em muitas coisas discordemos politicamente, (salvo raras excepções), sempre nos respeitámos e mais que isso, somos amigos. Beijos para os 3*:)
Espero um regresso, em força, claro... Mas até lá, os meus desejos das maiores felicidades e da continuação da qualidade intelectual. De certa forma, são eles, o cansaço e o sofrimento, que nos moldam, nos temperam e nos levam à grandeza. No excesso, à aniquilação.
Perdoe os devaneios deste velho sentimentalão. Uma boa "suspensão" e até à volta!
Uma temporada offline ajuda sempre, já dizia o outro francês: "o meu país faz-me mal" ou "o meu país magoa-me" dependendo da tradução.
Compreendo em boa parte os teus problemas, eu também não abono em saúde e vou vivendo com migalhas que alguns familiares, namorada e até camaradas me atiram.
Deixei de sair, de ir ao cinema, de jantar fora, de fumar, de comer carne de vaca (a mais cara), etc etc.
Não valeu de nada, os impostos e os juros sobem mais que as poupanças, tudo o que poupei dum lado saíu a correr pelo outro.
Este país morreu, mas os vermes ainda têm muito cadáver para roer...
Percebo. É uma perda para mim, pois aprende-se sempre por aqui. Verdades, despidas de qualquer preconceito, nuas e cruas, com palavras certeiras e de bem escrever. É a minha interpretação do vosso blogue. Felicidades aos três. Quando e se voltarem, avisem. Um beijinho a cada...
O que me importa a mim é que, estejas onde estiveres, te sintas bem e feliz (ou o mais possivel). Gosto de vir aqui pq simpatizo com vocês e pq gosto de aprender. E as verdades são sempre assim tão simples.. Pq complicamos tudo?
Descansa muito e bem, Sergio. Beijos meus para o Segio a Sonia e o Bernardo.
Apesar de tudo aquilo que nos separa e que por vezes é um oceano de ideias, este é um local que aprendi a gostar, assim uma espécie de água tónica, que refresca apesar da acidez! Irei passando na esperança de um regresso que desejo.
Sabes onde se encontra o inferno, o meu, não este que é de todos e sabes também que lá te aguardo, sempre!
Como no blogue do Herético dizes: "...Antes a Igreja que outras merdas..."
fiquei contente!
Quando era pequeno ia muitas vezes com a miha tia Maria do Céu e com a minha avó Ascensão a Fátima e tenho saudades desses tempos! Ainda bem que li alguém não estar contra Fátima !
22 comentários:
abraços
Acabou o quê? Ah, Agosto :)
Um abraço!
O quê?
Beijinho doce e bom fim de semana:)
Beijos e acabou o quê?
O mês ou o blog?
Olha que a silly season chega a durar o ano todo.
Querem ver que também foram ver os aviões?
Humm....
Beijinho doce:)
ehehehehheehh
beijos
Acabado não terá mas. Suspenso, certamente. Ou aos tombos.
Cansado, eu. Muito. E, sem tempo, com a falta antiga de paciência para isto, crescente.
Ao certo, passa pela ida embora de quem o tem aguentado. O Bernardo. Ontem. Trabalho, ou a falta dele.
A Sónia, longe disto.
Eu, para lá do referido, sem vontade. A voragem dos dias, a realidade a impor-se a esta virtualidade que não me apetece.
Indiferente aos onanismos e confissões mais ou menos psis da maioria da blogosfera, cinco anos e uma data de blogues depois, o precisar de me afastar.
A tentar entender. Muita coisa, e também sentido para aqui continuar, contrariado.
O país, sim, mas eu próprio.
As minhas horas. O meu cansaço. Comigo e com o resto.
Apenas isso.
A duvidar da utilidade de andar por aqui a debitar o óbvio.
O trabalho, a falta dele, a precaridade, a desagregação social, o combate ideológico que, lastimavelmente, seja na esquerda ou na direita se resume a enumerar os factos sem ver as causas, e a denunciar um sistema que no limite todos invejam. Quem o denuncia apenas lamenta não fazer parte dele ou a querer apenas mudar o dito. Eu, pessoalmente, prefiro simplesmente acabar com ele, o dito, o Sistema, qualquer que ele seja.
Vazio de conteúdos. De ideias. De perspectivas. Uniformização de padrões. Tiques. Opiniões.
O resto é pessoal e não será aqui que me vou desvelar...lololol.
O click aconteceu se calhar com a morte do Professor. EPC. Em nome do trivial o ter adiado por dois anos o convite para um café. E perceber que, depois, é sempre tarde. Isso e sentir a hipocrisia crescente de um país onde nos temos de limitar a sobreviver. Cada vez mais. E, nada como o ter de sobreviver para nos aniquilar os princípios.
Sinceramente, ando cansado. Muito.
Sem paciência. A precisar de silêncio. De solidão. De uma pausa.
Que futuro onde um governo volta de férias a falar outra vez do choque tecnológico, de um Durão a acobardar-se no caso Somague ou onde a primeira medalha de ouro no atletismo, a da Vanessa Fernandes, foi eclipsada pela de um fulano da Costa do Marfim?
Da não renovação de milhares de contratos de trabalho, da precaridade dos recibos verdes onde andamos 2 e 3 meses para receber parte do que nos devem, da insustentabilidade da escolaridade obrigatória onde não podemos com o aumento dos custos dos manuais escolares, e lá se vai a cantilena do Sócrates, da extinção do Serviço Nacional de Saúde, da farsa da Justiça. Alguem ainda sabe do caso Maddie? Pois.
Sintetisando, ando a tentar encontrar sentido(s). Para muita coisa. E sem me perceber e perceber, por pouco que seja, o que me rodeia, isto não faz sentido. Isso e o resto de que já falei. O cansaço. Físico e mental. Em banho maria, portanto, o blogue. A voltar quando der, se der.
Até lá sejam felizes. Se puderem e se souberem.
Às vezes, nada como o silêncio. E encontrar novas prioridades e novas formas de intervenção mesmo quando percebemos que, fartos, só nos apetece mesmo estar sózinhos.
Abraços Kamaradas. Sem desistir, claro, a resistir, sempre. Mesmo quando não parece.
Haja o que houver, esperarei.
Vai à tua vida em paz.
Embora em muitas coisas discordemos politicamente, (salvo raras excepções), sempre nos respeitámos e mais que isso, somos amigos.
Beijos para os 3*:)
Meu caro Pinto Ribeiro:
Como o compreendo...
Espero um regresso, em força, claro... Mas até lá, os meus desejos das maiores felicidades e da continuação da qualidade intelectual. De certa forma, são eles, o cansaço e o sofrimento, que nos moldam, nos temperam e nos levam à grandeza. No excesso, à aniquilação.
Perdoe os devaneios deste velho sentimentalão. Uma boa "suspensão" e até à volta!
Uma temporada offline ajuda sempre, já dizia o outro francês: "o meu país faz-me mal" ou "o meu país magoa-me" dependendo da tradução.
Compreendo em boa parte os teus problemas, eu também não abono em saúde e vou vivendo com migalhas que alguns familiares, namorada e até camaradas me atiram.
Deixei de sair, de ir ao cinema, de jantar fora, de fumar, de comer carne de vaca (a mais cara), etc etc.
Não valeu de nada, os impostos e os juros sobem mais que as poupanças, tudo o que poupei dum lado saíu a correr pelo outro.
Este país morreu, mas os vermes ainda têm muito cadáver para roer...
Melhoras e até breve.
Percebo.
É uma perda para mim, pois aprende-se sempre por aqui.
Verdades, despidas de qualquer preconceito, nuas e cruas, com palavras certeiras e de bem escrever. É a minha interpretação do vosso blogue.
Felicidades aos três.
Quando e se voltarem, avisem.
Um beijinho a cada...
3 de Setembro. já.
boa semana e bjinhos a todos.
até já Sérgio. sempre.
Ok.Umas feriazitas para ter um pouco de silêncio.Compreendo.Mas só isso.Vais fazer falta.Gosto muito de aqui vir.
Fico aguardando.E talvez um post de vez em quando...
Um beijinho doce e bom descanso Um SORRISO com SUCK:))
Estarei sempre no velas.
espero já com saudades.
bjinhos
O que me importa a mim é que, estejas onde estiveres, te sintas bem e feliz (ou o mais possivel).
Gosto de vir aqui pq simpatizo com vocês e pq gosto de aprender. E as verdades são sempre assim tão simples.. Pq complicamos tudo?
Descansa muito e bem, Sergio. Beijos meus para o Segio a Sonia e o Bernardo.
Não será longo o hiato, penso.
Cumprimentos.
Nem hiatos nem porco nem vaca, K'mrd Flávio.
Lolololol.
E as coisas andam, mesmo quando não parece.
Abraços,
Apesar de tudo aquilo que nos separa e que por vezes é um oceano de ideias, este é um local que aprendi a gostar, assim uma espécie de água tónica, que refresca apesar da acidez! Irei passando na esperança de um regresso que desejo.
Sabes onde se encontra o inferno, o meu, não este que é de todos e sabes também que lá te aguardo, sempre!
Aquele abraço infernal!
Boa semana. Um abraço.
Como no blogue do Herético dizes:
"...Antes a Igreja que outras merdas..."
fiquei contente!
Quando era pequeno ia muitas vezes com a miha tia Maria do Céu e com a minha avó Ascensão a Fátima e tenho saudades desses tempos!
Ainda bem que li alguém não estar contra Fátima !
Abraço
Tolilo
Ó Tolilo. Enganaste.te no blogue, certamente. Pinks aqui de certeza que não. E princesas muito menos. Segue.
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