Que não venham os de sempre com o cliché habitual: racismo, apelo ao ódio ou o insulto que resolve a falta de argumentos. Muito menos o recurso aos fantasmas mitificados do holocausto.
Razão de ser? As mais recentes declarações elogiosas dum burguês reaccionário e oportunista francês, Le Pen, a propósito de um presidente imigrante, judeu e ( naturalmente ) cada vez mais alinhado com os USA. Os elogios não espantam mas dizem muito sobre o vazio que se instalou na Direita Europeia onde entre a Frente Nacional francesa e os bandos criminosos alcoolizados de meia dúzia de cabeças rapadas, pretensamente neo-pagãos, nada se retira. E que só assim explica a estupidez que essa troupe revela ao eleger o Islão como inimigo principal. ( Aqui, não tomo o Islão como a versão terrorista niilista, a mando da CIA, de um Bin Laden ou com as élites sunitas despóticas que tiranizam de Riad ao Egipto passando pelo Paquistão, naturalmente. Sejamos honestos e inteligentes. Se possível ).
Vivemos tempos de não criação ou conhecimento mas de entretenimento. A derrota alemã de 1945 simboliza o advento de uma nova barbárie. Americana e sionista. De uma modernidade onde impera o kitsch, a vulgaridade, o obsceno, o colapso das regras e valores morais, da implosão de todo e qualquer sistema educacional, sem significação ou objectivos para lá do consumo, do dinheiro, do sexo, do conformismo hedonista, da permissividade, da tolerância intolerante, de uma sociedade infantilizada, individualista, desagregada e em decomposição. O triunfo das Luzes aniquilou o Catolicismo, ( com o Concílio Vaticano II ), e abriu caminho à Globalização onde a Europa dos Estados, ideia e projecto secular e histórico, morreu. A Globalização onde a vitória do Capitalismo liberal transnacional anda de mão dada com o não-pensamento cultural e civilizacional da esquerda marxista e pós-marxista. Nada que espante se constatarmos que na base desta ruptura se encontram os USA, o primeiro inimigo da Europa histórica liderada por uma Alemanha pujante e ancestral, país de imigrantes sem passado ou memória, e o judaísmo, quisto de degenesrescência que sempre foi sinónimo de recusa da ideia de Pátria, Estado, Povo, enquanto comunidade cultural assente em laços de solo e sangue. Já o explicaram von Below e von Kralik. É este fedor de doença e decadência que marca a modernidade. O estertor da Europa. Ser de Direita, hoje, é combater essa mesma modernidade e a pretensa matriz judaico-cristã da nossa civilização. E, sem hesitações, identificar o inimigo principal: os USA, sim, mas também o Capital sem rosto, o sionismo e os valores culturais da pós modernidade. E saber que a doença da modernidade é combatida, hoje, primeiramente pelo mundo islâmico. Não por acaso os USA apoiam as ditaduras corruptas e pró-sionistas do mundo árabe. Não faz sentido combater quem combate o nosso combate. Lutar contra a imigração, em Portugal, por exemplo, é ir contra quem vai ao encontro desta modernidade que nos rói, ( a imigração chinesa, negra, brasileira ou eslava ), e não contra quem, ao acaso, defende os valores da Vida ou da Família. Chega de cegueira ou de estupidez. Nomeadamente quando em Portugal a herança islâmica deverá sempre ser motivo de orgulho nacional. De Ibn Qassi, Rei de Mértola e aliado de Afonso Henriques, às raízes xiitas fatimistas da Cova da Iria, sem esquecer os Templários tão perto e tão influenciados pelos mestres sufis. Insistir nos trilhos da islamofobia é insistir na " louca negligência do conteúdo espiritual da Vida, nos índices que testemunham a decadência, esta triste negação da saúde e do carácter transcendente da Vida ", ( como escreveu Martim Heidegger ). Por mim estou mais perto dos que condenam em nome da Sharia os paneleiros e pedófilos à morte dos que por cá querem legalizar os casamentos gay ou legalizam e incentivam o Aborto perante a quase omissão da Igreja e dos que se reclamam da direita.
38 comentários:
Caro Pinto Ribeiro, se concordo com alguns pontos basilares referentes à decadência europeia, de resto discordo absolutamente da sua análise, a qual peca nas avaliações e conclusões, como que retiradas de uma qualquer cartilha, e agrava-se quando mergulha no poço sem fundo da teoria da conspiração mundial. referir que os terroristas islâmicos são manipulados pela CIA não abona muito a seu favor, pois é tão rídiculo como asseverar que Hitler seria um joguete involuntário dos sionistas para enfraquecer a Europa numa guerra suícida e garantir ao sionismo hegemonia mundial.
Apontar os males do mundo ao sionismo, esse nacionalismo judaico, desvalorizando o expansionismo terroristo-imperialista islâmico, também me parece extremamente irrealista e faccioso. Não há que confundir gostos e desejos com a realidae.
Quanto aos EUA, não os considero inimigos, mas adversários. O problema não são os EUA, mas o Ocidentalismo, essa concepção do Mundo que afecta países como Portugal, EUA, Malásia, ou Israel (acaso viu ontem as notícias sobre um partido homossexual judeu?). Leia o texto de Faye sobre o Ocidentalismo para perceber ao que me refiro.
Um abraço.
Vou linkar!
Bom domingo, bjinhos
Na "mouche" como se costuma dizer. O raciocínio está certo e consigo até estabelecer paralelo entre este post e o artigo de opinião do Vasco Pulido Valente publicado ontem no Público. Por isso fiz questão de republicar os versos que deram origem ao teu comentário porque efectivamente continuam actuais. Os "Bernabés" da blogosfera que registam muitos milhares de visitas nem sempre traduzem a realidade da qualidade da escrita, como aqui se constata. Um abraço do Raul
...
Bom Domingo.
Bjicos
am Morgen. Uma assinatura estratégica e 1 blogue reservado. Lapidar. O português de um post é apenas isso. Se tiveres algo a comentar, aparece. O resto já conheço. Não és o primeiro aqui.
Arqueofuturista. A nossa divergência começa quando reconheces o estado terrorista de israel. Ao certo, todos o sabemos, os tallibãs foram patrocionados directa e indirectamente pelos americanos. Factos são factos. E não digo que são manipulados. Digo que trabalham para a CIA. Mas percebo o que dizes, precisamente por causa dos textos de Faye de quem sou muito crítico. Um abraço,
Infelizmente, Raul, eu e o VPV estamos muitas vezes em sintonia. Infelizmente, pelo pessimismo que tal significa. Quanto a visitas, não me incomodo. Já fiz os meus blogues com centenas de comentários e continuo a sorrir com tantos que o visitam e pilham, tantas vezes descaradamente na imprensa de referência, sem aqui deixarem assinatura. Vou tentar ler o artigo de que falas. Um abraço.
Caro Pinto Ribeiro:
Dignei-me, enfim, vir visitar-lhe, com atenção, os blogues, o que já devia ter feito há mais tempo.
Quanto a esta análise, concordo plenamente com tudo o que é referido, sublinho até o que concerne aos "tempos de não-criação" e ao declínio do Catolicismo pelas (vistosas mas erradas) ideias iluministas. Louvável, a defesa do contributo árabe e da visão "para lá das aparências" acerca dos ditos "terrorismos". Mais digo ainda que estou plenamente de acordo quanto à responsabilidade americana no pré- e pós-"Enessetembrismo" que se instalou como movimento social (observe-se o medo internacional), político (destaque-se o aproveitamento para as "guerras preventivas"), económico (vejam-se os lucros da indústria bélica), financeiro (atente-se nos movimentos de capitais registados desde o 11 de Setembro) e proto-filosófico (que se serve da conveniente islamofobia que denunciou, sendo este talvez o aspecto mais grave do conjunto).
"...e a pretensa matriz judaico-cristã da nossa civilização."-Bom, aqui serei talvez levado a discordar. Ainda que hajam (que as há, e são inegáveis) influências islâmicas, greco-românicas, entre outras, está na nossa matriz civilizacional e civilizadora o Cristianismo (lembremos o célebre "dilatar a Fé e o Império"), na sua expressão Católica Apostólica Romana (que defendo intransigentemente para Portugal), e, através dele, a influência judaica existe, ainda que muito atenuada. Abstenho-me duma crítica mais elaborada, estando agora num ainda muito primitivo contacto com o que o meu caro companheiro de blogosfera defende. Leria, de bom-grado, uma explicação mais profunda desta sua afirmação. Fica a sugestão.
Cumprimentos.
A modernidade não tem que ser forçosamente uma doença.De qualquer forma entendo o teu texto.
Quanto aos 100...quero lá saber disso.Foi uma brincadeirazita.
Hummm....
Beijinho doce:)
Caro Pinto Ribeiro, bem a tentativa de crítica "espiritual" do judaísmo, mesmo correndo o risco comum das acusações de racismo.
No restante a constatação de factos que o próprio Radtzinger assume em Summorum Pontificum.
Depois de "Deus", mataram o Homem.
Até quando?
Abraço.
K'mrd Santos Queiroz.
Obrigado pela visita e pelas pontas que lançou. Vou tentar, com tempo, continuar noutro post. Mas tbém eu em caso algum coloco em causa a matriz católica do País. Preocupa-me, isso sim, o esvaziamento desse catolicismo, a ausência de Fé e de Sagrado neste crescendo secularismo. Embora prefira falar de uma matriz europeia greco-católica penso que no caso português a herança islâmica é bem mais importante que a judaica. Apenas. E considero a judaica causa de decadência. A voltar, portanto, ao tema. Fica combinado.
Um abraço.
A islamofobia é uma patetice orquestrada. O terrorismo é uma joint-venture mutuamente conveniente. E os Estados Unidos já ninguém sabe muito bem o que serão ou quem os pilota. O que se verifica é que são, não já apenas um factor de instabilidade, mas uma espécie de Central Difusora do Caos.
Agora, duvido que o melhor antídoto para tudo isso sejam visões idílicas, quer do Islão, quer duma "Alemanha ancestral" que produziu maravilhas como o Protestantismo e promoveu, mais que qualquer outra cultura, o materialismo darwinista e o cientifismo.
Concordaremos que a Europa perdeu a Segunda-Guerra e, acrescentaria eu, tornou-se, desde então, para efeitos geo-estratégicos, colónia/protectorado americano a Oeste e colónia russa a Leste. (Depois da perestroika, as colónias americanas, através da Nato, estenderam-se também a leste).Isso é um facto.
O resto decorre daí. A decadência é uma velha fatalidade das civilizações: já corroeu os gregos, corroeu os romanos, e agora anda a corroer-nos a nós. Dificilmente corroerá os americanos, e ainda menos os judeus: por dinâmica intrínseca, a decadência não se corrói a ela própria.
Aliás, não é a decadência a maior tradição do Ocidente? Uns morrem... outros vivem dela.
Saudações heideggerianas.
Se não fosses parar aos gays e ao aborto é que me espantava... O tema é recorrente e também já sabes o que penso.
Dou-te razão num ponto : o orgulho da nossa herança islâmica. Como de outras. Porque é dessa diversidade que resulta a grandeza de um povo.**
E nem em férias sou poupado, carai!
Bom: eu acho que aqui estás a falar de algo mais do que de gays. Ou do do Aborto.
Exemplos para ilustrar o substancial. E o substancial é perceber que o choque com o Islão corresponde ao que Radtzinger classificou e bem como o verdadeiro problema da nossa civilização: a Crise de Deus, a ausência de Deus, camuflada por uma religiosidade vazia. Onde os próprios cristãos vivem como se Deus não existisse.
É o horror a este estado de coisas que choca o Islão. O não entenderem o nosso relativismo moral. A nossa inevitável decadência, como refere o Dragâo.
Radtzinger fala e bem do desdém que o Islão nutre por uma Europa sem consciência moral. Do direito à blasfémia ao casamento. Existe de facto um choque de culturas, mais do que civilizacional,assente num desprezo que se justifica.
Pessoalmente não vejo que seja impossível um diálogo com o Islão. Ou que o próprio Islão, ou parte dele, recuse o diálogo com o Catolicismo. Seria mesmo benvindo. E proveitoso para ambos. Em especial se o Catolicismo recuperar o tempo perdido. O desejo do Sagrado. De uma Igreja actuante, fracturante, interventiva, de costas voltadas para uma modernidade que também a intoxicou. Lembrem-se só do percurso do Cardeal Metz. Menos e melhores. Será o que se quer. Sem facilitismos. O Nero destacou um documento muito importante e que por acaso poucos discutiram e reflectiram. Curioso.
Ao certo, mais do que com o Islão sunita é importante ouvir o Islão xiita. Estar atento à experiência turca. E fortalecer o Combate pelos valores em que assentou uma Europa quase esquecida.
No essencial concordo, claro. Como católico. E recuso também eu uma imigração que vem contribuir para desbaratar o pouco que nos resta.
Só não vê quem quer. Leiam o programa do governo de Sócrates e as alíneas reservadas à Família. Está lá tudo. Começo a pensar que a esquerda e o capitalismo liberal odeiam as crianças.
Abraço Ko'mrd. De volta em 3 semanas.
( Não serão, acho, visões idílicas que as Utopias morreram.
Antes ter presente a Memória, o passado. Não esquecer para aprender ).
Desculpe o despropósito e queira passar a publicidade mas a sua participação faz falta aqui!
http://absolutamenteninguem.blogspot.com/2007/08/esquerdalhas-e-faschizoides-5.html
Grato
Acho que as direitas vão muito tortas!!!
Bjs.
...
bom início de semana...
bjus a todos ;)
Beijoooooooooooooooo.
Olá, Pinto Ribeiro!
Venho desejar-te umas boas férias.
Abraços.
Situemos os comentários.
Este post nasceu do anúncio sobre uma manifestação proibida, e bem, contra o Islão na Europa. Promotores, grupos pretensamente de extrema-direita, com Le Pen à cabeça.
Curiosamente, e felizmente, as pontas deixadas apontaram novas pistas de reflexão e debate. A saber, numa primeira síntese, o sentir da decadência Europeia, numa perspectiva próxima de Spengler e a necessidade sentida de antes de um refundar ideológico da Direita ser necessário, parece-me, um refundar espiritual.
Na primeira linha a crise, o esgotamento do Catolicismo e das raízes históricas da Europa. Depois, a grande fractura face ao posicionamento face aos USA e ao judaísmo.
Facto é constatar-se que a crise da Europa é uma crise do Sagrado. E como a superar. Não por acaso, um comentário aqui deixado diz termos naturalmente chegado aos homosexuais e ao Aborto. São realmente estes os pontos explicativos da clivagem que se nos coloca.
Há que repensar a dignidade dos valores humanos. Os mesmos que nos questionam no progresso da medicina, na conservação de fetos para investigação, a doação de orgãos, a manipulação genética, as novas formas de escravatura. Tudo isto implica uma visão do Homem e da Sociedade, de um modelo civilizacional, o tomar opções éticas e morais, assim como na defesa do matrimónio ou da família, por exemplo. Tudo isto nos conduz, como referiu e bem Radtzinger, à questão religiosa. À penalização de Deus na nossa sociedade. " Ao ódio contra natura que o Ocidente sente em relação a si mesmo, o que só pode ser considerado como algo de patológico ", ( sic ). Renegar a identidade católica da Europa, ( e eu não sou católico ), é matar a Europa enquanto projecto mas, também, incentivar ao choque cultural e civilizacional com aqueles que vêm nesta posição ocidental algo de fundamentalmente estranho. Que encaram um mundo sem Deus como algo de errado e de estranho. Contra-natura.
É tempo, citando Hubner, de recordar o Deus de que nos esquecemos e só a partir desse retorno do Sagrado e de redescoberta das nossas raízes ensaiar uma luta e um combate contra as forças que nos aniquilam.
A luta contra o Islão é a luta contra Deus, contra o espaço do Sagrado na nossa sociedade, pelos mesmos que em nome do laicismo retiraram na Europa a base espiritual essencial à vida dos povos que não se esgota nos domínios técnicos e económicos. O declínio começa aí.
Como escreveu Radtzinger, " a Europa, precisamente nesta hora do seu máximo sucesso, tornou-se vazia a partir de dentro. O enfraquecimento das forças espirituais, que corresponde por exemplo à implosão da natalidade, leva a Europa ao caminho da despedida ".
Como Roma, ainda funciona mas já vive daqueles que a irão dissolver.
Como complemento deixo a sugestão de leitura:
Tariq Ramadam, filósofo sunita,
e
Sorush, brilhante filósofo xiita.
Li. Mas, como bem sabes, temos pontos de vista muito diferentes e até admito que os teus sejam muito mais "sustentados". Ou seja, não te vou citar ninguém mas apenas dizer o que penso. Não defendo particularmente o matrimónio e considero a família um conceito muito alargado. Para mim e com todo o respeito para quem pensa diferente, Deus é um conceito de que o homem sente necessidade para colmatar os seus medos e incertezas. E só. Também tenho os meus deuses ou o meu Deus. Mas não tem nada a ver com qualquer religião. Se "embargarmos" eticamente tudo o que a ciência nos pode dar, estagnamos. Isso não exclui reflectir sobre as implicações de muitas das questões que levantas.
E, porque sim, não gosto de Radtzinger, nem um bocadinho. Podia dar explicações sobre isso, claro. Mas parecem-me óbvias.
Bom dia. :)**
Caro PR, não sou crente em Deus. Há quem encare a minha posição nesse campo, o religioso, como puro ateísmo. Enfim, lá saberão.
Porém, se no camp religioso coisas háque me incomodam absolutamente são o dogma, essa verdade absoluta, e a vontade de impor sobre os demais uma crença, caso contrário...
Ora é precisamente aqui que não tolero o Islão, essa ideologia totalitária, esse comunismo religioso. Espanta-me que você, um homem da cultura, um livre pensador, sinta qualquer simpatiam por uma ideologia intolerante, que visa controlar de forma impiedosa todos os aspectos da nossa vida diária. Não vale a pena refutar isto escrevendo que isto é apenas um sector do islão, porque este sector é o verdadeiro, é aquele que cumpre na íntegra os preceitos islâmicos.
A luta contra o Islão não é a luta contra Deus, é a luta pela vida dos Homens é a luta pela liberdade de opção, pela liberdade de pensamento, e se Deus é islâmico mais um motivo para aqueles que me conhecem apelidarem de ateu.
Bravo irmão xiita, acabaste também por enumerar as razões pelas quais não sou de Direita.
Estive de férias nos Açores (das quais trouxe a banda sonora duma lenda islamo-açoriana, "O Feiticeiro do Vento") e só agora tive oportunidade de ler este teu belo artigo.
Força!
Vida de Vidro e ArqueoFuturista.
Com todo o respeito li a vossa opinião. Agora: crentes ou não, religiosos ou não, ( o que é diferente ), mais ou menos ateus, penso que a todos nos diz respeito uma necessidade Ética comum face ao Homem, face às coisas. Para lá das divergências pontuais eu defendo que há ou deveria haver um conjunto de princípios inerentes à espécie humana. Que são património de todos. O direito à vida, sim, por exemplo, à dignidade humana, ( o que é diferente de direitos humanos, algo muito mais cultural e que não esconde uma enorme arrogância moral e intelectual de um certo Ocidente ), mas também o direito à Fé e ao Sagrado. Algo que, penso, não se verifica no nosso actual quotidiano. Se calhar porque a Fé, em tempos de facilitismo, incomoda e é exigente.
Quanto a Radtzinger, já o disse. Não sou católico. Não me me especialmente simpático. Mas reconheço nele uma enorme craveira intelectual e, de fora, ( porque não sou católico ), vejo nele o homem capaz de liderar e inverter o estado anémico a que chegou a Igreja Católica.
Flávio. Xiita, tu? E eu? Hum,....
Abraços.
Arquefuturista: recomendo-te mesmo que leias Sorush. Ainda está vivo. Como ele diz, a Fé convida à Liberdade. Sem Liberdade não pode haver Islão.
Pois é. Há mesmo muito(s) Islão.
Recordei que ou tu ou o Bernardo deixaram esse curto comentário algures pelo meu blog, "eu sou xiita".
Na prática não o somos, embora eu admita que sou um "dhimmi" sem que considere tal palavra ofensiva ou pouco dignificante como alguns descrentes.
Com todo o respeito pela sua posição, Caro PR, não partilho da mesma e não irei ler Sorush porque na minha lista de escritores, bem vasta por sinal, Sorush é demasiado insignificante para ali ombrear com outros vultos da ruiquíssima cultura europeia. A liberdade está na Odisseia e na Íliada de Homero, a liberdade está em Nietzsche, Jünger, ou nestas belíssimas palavras de Jean de Brem que pode encontrar no link que abaixo publico. É nisto que eu acredito e é ali e unicamente que reside a liberdade, pelo menos para a concepção do mundo europeia, que é a minha, e deverá ser a sua também.
http://arqueofuturista.wordpress.com/2006/10/16/testamento-de-um-europeu-jean-de-brem/
Um abraço, PR.
Meu caro
Obrigado pelo link
Saudações Nacionalistas
E se clhar, sim, Flávio...
Arqueo.
Ler deve-se sempre, acho.
Até o Faye, exilado nos dólares, nos snifs e no álcool.
Abraços.
Caro PR, se o Faye está exilado nos dóllares, snifs ou alcóol, isso não sei, mas se isso contribuiu para que ele tenha escrito tais obras de enorme lucidez e coragem intelectual, bom, então devo dizer que foram merecidos os dóllares, as snifadelas tal como a Sherlock holmes despertaram-no para uma realidade pouco acessível aos demais e o alcóol, já se sabe que faz sempre vir ao de cima as verdades ocultas.
Isto para dizer que as pessoas não devem encerrar-se em exóticas torres de marfim, em auto-exílios quando deixando o inimigo cegá-las com doces palavras de engodo.
Pessoalmente prefiro dar o peito, ou o pescoço à lâmina islâmica que alguma vez ser submisso à palavra de um qualquer ser invísivel e imaginário.
Bom feriado.
Eu também e o assunto nem é comigo ArqueoFuturista.
Mas pactuar com judeus e sionistas, isso nunca.
Sem ofensa o teu penúltimo comentário é infeliz e pouco inteligente.
Abraço.
Olha...a amMorgam, fugiu. Apagou-se.
Eheheheheh...
Assim se vê o esterco!
Caro PR, não percebi essa do «pactuar com judeus e sionistas» sinceramente e até a considero despropositada, mas uma coisa lhe garanto, por uma questão de higiene intelectual (gosto muito de pensar pela minha próprio cabeça),de honra e dignidade para com aquilo que preconizo para a minha família, o meu povo, a minha nação e para esta Europa que amo,, jamais seria capaz de pactuar com islâmicos.
Não sei também porque se melindrou tanto om o meu penúltimo parágrafo, afinal fiz somente uma observação, mas enfim, sempre posso emendar e retorquir que prefiro ser lapidado ou empalado ao melhor estilo islâmico a alguma vez ser submisso à palavra de um qualquer ser invísivel e imaginário. Sabe, é que me incomoda sobremaneira que me impingam crenças, particularmente em seres supra humanos. (neste caso esta minha implicância é extensível a qualquer crença ou dogma)
Melhores saudações.
Caro Arqueo. Até estamos afinal, no essencial, de acordo.
Só uma nota. No blogue somos 3 ( ou 4, já não sei ).
O comentário não é meu mas do Bernardo.
A crença e a Fé, naturalmente, ou a faltra dela, não são discutíveis.
Abraço.
Caro Pinto Ribeiro:
Concordo absolutamente com o post, como não podia deixar de ser. Quanto às reacções que despertou, há que prestar-lhes atenção. Por vezes, o que parece uma radical diferença de opinião de alguns comentadores assenta em más compreensões de certos conceitos. O Agnosticismo, que é supremo, na implantação nas mentes actuais, merece ser bem explicado, como filosofia de vida, e claramente distinguido do ateísmo. É que uma coisa é duvidar de Deus e não o seguir com base nessa falta de fé. Outra, "separar-se de Deus" (na maior parte dos casos, combatê-lo), denominando-se essa atitude laicismo. E até podem opor-se, em muitos casos.
Quanto ao sentido vago de Família, aconselho como bibliografia especializada os "Discursos" do Professor Oliveira Salazar e algumas entrevistas de José Veiga Simão. Para quem não gosta do Estado Novo, é uma questão de ler a obra de João de Deus, que é toda ela um padrão e uma apologia do conceito "Família".
De Judeus e esquerdistas, desta vez não falarei mais, que não os comprendi nunca muito bem, e não ia dizer nada que não tenha ficado já implícito.
Sinceros cumprimentos.
Concordo contigo.
Um bom texto.
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