Depois do Boliqueime, o Público, agora a propósito dessa coisa
de nostálgicos saudosistas. Maio de 68 nunca existiu. Existiram muitos Maios em 68. O rosto dessa esquerda festiva, pindérica e folclórica é, passado os anos, este. O Sarkozy. Não percebem, os habituais do costume, aqui como no resto, tudo isso ser passado. O presente não se faz de evocações permanentes de uma memória que nada diz aos jovens, agora, hoje. O mesmo se passa na discussão inconsequente sobre o 25 de Abril. Vivem agarrados a fanicos históricos que não deixam saudades e, mais importante, de facto pouco trouxeram. O problema principal, esse, nunca foi colocado e confrontado. Revolução? Claro que não. Revolta de meninos burgueses entendiados com preocupações mais ou menos culturais. Abriu-se uma porta, sim: ao individualismo egocêntrico centrado no consumismo desenfreado. O Capital reciclou-se e seguiu, tranquilo, o seu caminho. Eles também. Cohn-Bendit, social democrata verde. Outros, viraram arautos, em nome da nova filosofia, de uma direita velha e pouco nova, mesmo quando sob a capa neocom ou liberal. Por muito bonito que tenha sido e mesmo que eu fique de pele eriçada a ver perorar sobre o assunto. Eu, que conheci bem os anos de chumbo em Frankfurt. Eu, que vivi a morte de Bobbi Sands. Eu, que estive nos riots de Brixton. Eu que li Débord nas London SS. Eu, que fico siderado a ver enfiarem os situacionistas no saco de Sartre e quejandos. Adiante que, por continuarem assim, depois de Itália a Inglaterra. A esquerda portuguesa e europeia consegue a proeza de se ter tornado tão estúpida como a nossa direita. ( Aliás, existe alguma diferença entre Sócrates ou Ferreira Leite, por exemplo? Os tiques moralistas de Louçã ou Portas? ). De concreto o falhanço contínuo do Regime. Aqui, por exemplo. Olhem: bom fim de semana, adeus e até ao meu regresso. Ando a passar à clandestinidade. Sejam felizes, beijos e abraços Kamaradas. ( Se tiverem paciência vão ainda ao poste de hoje no PortugalProfundo ).
Jon Stewart, do Daily Show revela-nos, com uma excelente dose de humor, as capacidades proféticas de George W. Bush.
Jon Stewart: Inventei um novo jogo! Pegamos numa previsão feita pelo presidente Bush do que pode acontecer se fracassarmos no Iraque e substituímos por um alerta do que pode acontecer se invadirmos o Iraque. Vamos experimentar: se invadirmos o Iraque…
Bush: Isso incentivaria outros extremistas no Médio Oriente.
Jon Stewart: Se invadirmos o Iraque…
Bush: O Irão iria tentar preencher o vazio deixado no Iraque.
Jon Stewart: Se invadirmos o Iraque…
Bush: Os Talibãs no Afeganistão e a Al-Qaeda no Paquistão aumentariam a sua confiança e a sua ousadia.
Jon Stewart: Extraordinário! Assim até parece que ele consegue ver o presente. Talvez se gritarmos bem alto, ele oiça em 2003.
1 comentário:
Jon Stewart, do Daily Show revela-nos, com uma excelente dose de humor, as capacidades proféticas de George W. Bush.
Jon Stewart: Inventei um novo jogo! Pegamos numa previsão feita pelo presidente Bush do que pode acontecer se fracassarmos no Iraque e substituímos por um alerta do que pode acontecer se invadirmos o Iraque. Vamos experimentar: se invadirmos o Iraque…
Bush: Isso incentivaria outros extremistas no Médio Oriente.
Jon Stewart: Se invadirmos o Iraque…
Bush: O Irão iria tentar preencher o vazio deixado no Iraque.
Jon Stewart: Se invadirmos o Iraque…
Bush: Os Talibãs no Afeganistão e a Al-Qaeda no Paquistão aumentariam a sua confiança e a sua ousadia.
Jon Stewart: Extraordinário! Assim até parece que ele consegue ver o presente. Talvez se gritarmos bem alto, ele oiça em 2003.
Vídeo legendado em português
Enviar um comentário