
De outra forma o insuspeito George Steiner, ele como tantos outros no momento, a reflectir sobre o " triunfo da mediocridade " no Ocidente, exausto, esgotado, degenerado. Sobre esta sociedade sem tempo. Sem Solidão entre tantas solidões. Sem silêncio. Diz Steiner que o nacional socialismo se desenvolveu no " cerne de uma cultura erudita ". Sabe-o quem for honesto. E entender que se chegamos ao ponto zero de hoje, a semente vem de longe, é de esquerda. Antes da revolução " cultural " de Mao já a barbárie estava implícita nos bolcheviques que apelavam " à destruição das bibliotecas pelo fogo ". ( Steiner, ainda ). Nesse pressuposto nasceram as ditas vanguardas onde se acoitam os imbecis da modernidade e da pós modernidade, que tanto ódio têm ao Critério Estético.
( Sobre a morte da escrita e do livro como consequência de um quotidiano pautado pela ilusão da sociedade não do " espectáculo " mas da " diversão " em tempos de virtualidade, ler o breve e belíssimo " O silêncio dos livros " ).
No encalço de Guénon, Virillo, Radtzinger, Levinas ou Agamben, entre tantos outros, Castoriadis, ainda, outra vez: " uma sociedade votada ao culto do consumo e do zapping televisivo ". Apática, individualista, hedonista, " retraída sobre o seu pequeno mundo privado ", ( se isso existe ), e " que abandonou o poder às oligarquias liberais capitalistas, políticas, económicas, culturais e partidárias. Surpresa é encontrar tanta gente pretensamente surpreendida com os tiques autoritários e salazarentos de Sócrates. Este é o País, esta é a Europa onde, apesar de considerar que o Tratado se é bom para Berlin é certamente bom para mim, não me admira ver as " élites " a fugir do referendo. A Democracia, pois.
( Passem aqui ).