quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
Bush ladra mas não morde.

Ao rufar dos tambores de guerra do Império, responde a determinação tranquila dos xiitas iranianos. Enquanto generais e almirantes norte americanos se demitem perante a previsível catástrofe que se anuncia com um hipotético ataque à República Islâmica do Irão, ( curiosamente incentivada pela ditadura sunita amiga de Bush, a Arábia Saudita, a mesma que "criou" os tallibans ), o Hizzbollah ( xiita ) libanês derrotou a pretensamente invencível força militar da entidade sionista e mostrou quais as regras do jogo no futuro. Agora, pela primeira vez, os USA parecem perceber a realidade e vão mesmo negociar em cima da mesa o futuro do Iraque com iranianos e sírios. Factos são factos. Percebe quem quer. Como percebe a derrota anunciada, e aqui já falada pelo Bernardo, dos norte americanos no cenário mais discreto do Afeganistão. Mais uma vez factos são factos. Mas há quem insista em não ver.
terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
Nus expostos à vergonha culpada, Milton, para rabiscar o impensável que nos vem dos dias. Aos malabarismos de Sócrates que numa pantomina sem fim vende gato por lebre, ( a Justiça, agora ), a arrogância cretina de Correia de Campos. Depois de colar o sistema de saúde ao aborto, sabendo quão irrealizável tal se torna, parece agora decidido a exterminar o Interior e os idosos com ele. Pobre de quem é pobre e trabalhador neste país onde, aos poucos, só o ser imigrante compensará no futuro. A reter uma decisão histórica do T.I.J.. Em Sebrenica houve genocídio mas não culpados. Lapidar. Os mortos foram muçulmanos e não judeus, pois então.
( Uma nota final para encerrar de vez o bombardeamento a que um tal Klautu tem sujeitado a caixa de comentários deste blogue.
Esclarecendo de vez e ponto final:
Não frequento o teu blogue. Lógico seria fazeres o mesmo.
Tenho realmente tido vários blogues, onde me conhecem sem problema por PR. Nunca me escondi em nicks, nunca ataquei blogues alheios obrigando-os a mudarem-se, nunca entrei criminalmente em pc's alheios, nunca roubei assinaturas de ninguem. O mesmo não se pode dizer de gente que frequentas e que te frequentam. Mas isso é assunto de polícia para aqui não chamado.
Democráticamente, com ou sem blogofesra, dou-me com quem me apetece.
Aceito tranquilo o epíteto de analfabeto. Curiosamente tenho a mesma opinião sobre ti. Mais: considero-te um perturbado social, algo que qualquer psiquiatra ao ler os teus postes subscreverá. A diferença é eu ignorar-te e tu não me largares o blogue. Coisas. Estranhas.
Não sou, não fui nem serei salazarista. Salazar é personagem que me é pouco simpática.
A terminar. Estás equivocado mas esclareço-te. Também não sou de Viseu nem sequer moro lá. Informa-te.
E desaparece ).
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
A demissão de Prodi.


( O Suck volta a entrar em ritmo de cruzeiro, a caminho de Qom.
Segundo cabeçalho dos jornais de referência, a blogosfera torna putas em escritoras respeitáveis. Nada que admire. Só falta acrescentar que na dita os chulos tornam-se artistas ).
domingo, 25 de fevereiro de 2007
sábado, 24 de fevereiro de 2007
Clarificações.

( Em agenda.
Ir ao já esquecido Afeganistão e ver o que não se mostra. O colapso iminente da ocupação.
Sorrir com a troca de galhardetes entre os prováveis sucessores de Bush. Depois daquele bronco perigoso só mesmo a Hillary com o regresso do abjecto clã Clinton ou um preto como o Obama. )
Vacas, sim, que são. Loucas, ficamos agora a saber.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome pra qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai
(...)
Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação.

Ainda que as homenagens sejam sempre feitas após a morte.
Zeca Afonso.
20 anos.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

A pedra. O corpo, o abismo. A dor. A carne, sofrimento. Passo ao longo das ruas sepultadas na ruína dos dias, incertos como nós, impiedosos e sôfregos como as palavras onde pernoitamos medos. Aí, onde com o vento que chega rente ao mar levantamos uma qualquer respiração em boca suja de sangue. Turn on the bright lights, os Interpol, ainda, e que se levante o fogo por entre a desolação precária onde te procuro reinventar. Entre feridas que só o aroma da terra cicatriza. Tudo o que as mãos, envelhecidas, apagam e sabem esquecer. Mais do que o amor, a sabedoria de quem sabe a memória ser um amontoado de cansaços e insónias. Um punhado de desilusões sobre o papel. Sobre o corpo. Sobre a pedra.
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007
Tu. Tu, especialmente. Exacto tu que sabes que és tu. Espera o pau e vai ladrando. Estou tãoooo feliz!

Sexta feira com muito carnaval, está visto. O desemprego subiu aos 7,7%. O sr. santiago da PJ disse que Portugal poderia, PODERIA, vir a ser ponto de recuo para o terrorismo. Com os voos ilegais da CIA para GUÂNTANAMO pensei que já era. Esclarecedora a forma rápida como o PS já se esqueceu da "modernidade europeia" alcançada com o sim ao ABORTO e na preparação da nova lei já mandou o modelo alemão às urtigas. Uma merda, uma merda. No entretanto a corporação dos docentes foi ao ponto. Diz a FENEI que o descrédito do professor como agente imbuído da responsabilidade de educar e modular comportamentos, cresce. Antes assim fosse Fenei's. Nesta frase encontra-se todo o drama do nosso sistema educativo e tudo o que nos separa do vosso projecto. Precisamente por vocês quererem ocupar e substituir a família, educando mas não ensinando, que é para o que sois pagos, e por vocês quererem modelar e pautar comportamentos, não nos mereceis crédito algum. Fique bem claro que deveis ENSINAR, se tal conseguirdes, que educar compete à família. Lastimável esta poeira salazarenta que persiste na nossa esquerda. A terminar, sigam de perto essa novela de que aqui já se falou. A C.M. de Lisboa, o Carmona, o Marques Mendes, as teias da dita e as tão curiosas reacções da oposição. Tem a palavra a esquerda. O Pêcê já se encolhe. Quem tem medo e por causa de quê de eleições? Ou o gaijo da Bragaparque tinha mesmo razão? Brinquem muito que a Sónia lança um post mais decente.
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
Day of the Lords.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
domingo, 11 de fevereiro de 2007

(Posto isto, aponte-se, sorria e desespere. O labrego de boliqueime, aka Cavaco, quer leis contra o tabaco, a obesidade e a vida sedentária. Não, não é anedota mas demonstra a ideia do que é o Estado por cá. Ou do que não devia ser. Isto é imbecilidade pura do mais alto representante e magistrado da Nação. Explica um país que em tudo, ou quase, trata os seus cidadãos como atrasados mentais. Como com a imposição de dias de reflexão pré-eleitoral, o silenciar de opinião dos juízes, ou que institui a gritaria da pretalhada, o hip-hop, cultura urbana e, por causa, cria para o efeito uma associação nacional da coisa. Nada que surpreenda. Afinal, como também li ontem, Zapatero legislou sobre a massa corporal exigível às mulheres e o nosso pensamento dominante pouco ou nada parece ter-se incomodado. Com ou sem anorexia a "humilhação" das mulheres é uma questão de prisma. Políticamente correcto. Ou não ).
Uma campanha depois, ganhe o sim ou o não, o que penso ter ficado.
O que vi, eu que vou votar NÃO e que escrevo este post respeitando a possível vitória do sim, mas não os argumentos, explicações e justificações apresentadas por ele. Essa será desde já a primeira marca do que retive. O radicalismo fundamentalista, agressivo, intolerante e a pretensa superioridade moral dos defensores do sim. O desrespeito com que lidaram sempre, de forma demagógica, com quem ousou e ousa pensar de forma diferente. A intolerância que leva Louçã a dar o braço a Valentim Loureiro ou a Rui Rio ou a de forma cobarde e hipócrita esconderem os seus objectivos na defesa dos direitos da Mulher. Os meus direitos não podem passar pelo meu direito de assassinar bebés indefesos. Matar um filho de 10 semanas não é uma "humilhação" para a mulher mas um homícidio premeditado. A manipulação dos argumentos e o deturpar de factos científicos. Matem mas assumam e deixem de ser hipócritas face à actual lei que até é bastante permissiva. O discurso e o pensamento dominantes funcionaram em bloco. Dos jornais à televisão todos fizeram passar a mensagem do sim em nome de políticas europeias com 30 anos e que já são postas em causa e revistas na França ou na Alemanha. Valeu tudo, até um primeiro ministro que o devia ser de todos os portugueses e que tomou posição por um dos lados enquanto secretário geral do PS e com um desprezo terceiro mundista pelo País que governa não hesitou em coagir e chantagear o eleitorado. A posição ridícula de Pilatos do PSD. A campanha envergonhada da facção de Ribeiro e Castro. O que fica é uma grande vergonha pelo que insistimos em ser e por ver a indiferença que a tantos merece o valor da Vida.
( Exemplar do nosso provincianismo atávico a imposição de um dia de reflexão pré-eleitoral. E já agora, se é normal a exposição pelos piores motivos a que está sujeita a C.M. de Lisboa e a Bragaparques é esclarecedor o silêncio que rodeia a Câmara de Benavente. Será por esta envolver o Bloco de Esquerda nas mesmas teias da corrupção? ).
sábado, 10 de fevereiro de 2007
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007
De volta, ou quase, carta a um canalha. Aqui a sério para a semana.

Por entre o rufar renovado de tambores e bastões, de regresso à vida com os Sisters of Mercy, o melancólico prazer da hora da vingança apenas pressentida. Olhar-te sem me veres e gozar a espera, paciente, de te saber ir sangrar. Corpo a corpo. Cara a cara. Eu, no teu covil. Sem pressa, porque a vingança é vagarosa, se de vingança se trata, e não do ajuste de contas que te tinha prometido. Respiro profundamente em Detonation Boulevard. É a hora de provares o veneno que destilas. Amo o xadrez, lembras-te, e o jogo chegou ao fim. Escrevo-te porque sempre te disse o que andava e ia fazer. Imbecil ou gabarola nunca quiseste ou pudeste perceber. PIM! Chegou o momento. A luminosidade do sol nunca me assustou. E lembrei-me de Mishima. De como desprezo cobardes e odeio máscaras. Amo a Morte: a vision thing. Orc enroscado à volta da árvore maldita: sound, sound! my loud war trumpets. (Blake). Malditos tempos de moedeiros falsos, apogeu nauseabundo da multidão de falhados onde se movem pestilências como tu.
Que se erga Rintrah na noite da alegria de Enitharmon.
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
O que fica fundam-no os poetas.

Já aqui se escreveu e disse-o Heidegger a partir de Holderlin. O que fica seria o mundo, o mundo assente na palavra, palavra transformadora, palavra que se quebra e assim, a caminho da Morte, faz a experiência da própria Morte e, como tal, da Imortalidade. Este o momento inaugural da Poesia, disse-o o filósofo. O momento em que se distingue o verdadeiro e o falso, o bem e o mal. Kein ding sei wo das wort gebricht, nesse ressoar do silêncio onde se consumam as profecias. E também esse morreu. O silêncio. Com ele a história. Com ele, o Homem. Assim a consistência das coisas. A visão unitária do curso unitário dos acontecimentos, dos factos, oferece-nos a imagem miserável da pós-história (Gehlen) onde o ser já não pode entrar. Mais que o triunfo do senso comum ( Gadamer), por oposição ao bom senso, é a recusa da Verdade aquilo a que nos querem propor. Nestes dias de dissolução resta-nos a clarividência de saber como, da informação à política, nos tentam manietar e subjugar.
( Enviado pelo PR, postado por mim que acrescento:
"Enfim, levantou ferro.
Com os lenços adeus, vai partir o navio. "
Camilo Pessanha. )
terça-feira, 6 de fevereiro de 2007
Blogue com serviços mínimos à espera da Sónia e do PR.
domingo, 4 de fevereiro de 2007
sábado, 3 de fevereiro de 2007
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007
Da prevalência do significante sobre o significado

escreveu Lacan, ( felizmente parece que personagem de esquerda ), e daí chegou aos mitemas, ( com Freud e Lévi-Strauss pela mão ), e, logo depois, algures, aos sintomas da neurose obsessiva que parece insistir em escapar a muitos. Abreviando, claro, e procurando fugir ao ruído que tenta, com desespero, enterrar Kierkegaard no seu " la ética es lo general ". Incómodo o ter de olhar o espelho. Olhar-mo-nos. Uma quase solidão pura de onde voltamos, muitas vezes, sem nada ter encontrado. Hoje lembrei-me de Proust e, como ele, gostava de ao morrer ser velado por livros. Outros não terão essa sorte. Serão mortos, simplesmente. Haverá sempre leis para escudar a cobardia e as consciências. De Ti preciso e só de Ti, escreveu Emre, o sufi. Eu voto NÃO no dia 11.

A partir desta quinta-feira, todos os remédios terão o seu preço diminuído em 6% mas, ao mesmo tempo, o Estado irá reduzir as comparticipações.
Traduzindo:
Os pensionistas com reformas abaixo do salário mínimo vão passar a pagar mais por cada remédio.
O Ministério da Saúde garante que, com estas medidas, os portugueses pouparão 13 milhões de euros. Contudo, os utentes que integram o regime especial de comparticipações saem prejudicados.
A situação verifica-se mesmo com a já existente ajuda extra do Governo a estes pensionistas, um acréscimo de 15% na comparticipação. Pelas doenças decorrentes d
a idade, os idosos consomem vários medicamentos e qualquer variação de cêntimos pode fazer uma grande diferença ao final do mês.
E são os reformados, com baixos rendimentos, os responsáveis pela maior fatia de encargos do Estado com os medicamentos vendidos nas farmácias. Em média, 54% do dinheiro que sai anualmente dos cofres públicos, é para suportar as comparticipações dos remédios consumidos por estes idosos.

E são os reformados, com baixos rendimentos, os responsáveis pela maior fatia de encargos do Estado com os medicamentos vendidos nas farmácias. Em média, 54% do dinheiro que sai anualmente dos cofres públicos, é para suportar as comparticipações dos remédios consumidos por estes idosos.
O grande beneficiário desta mudança, que integra as medidas com vista à redução do défice na Saúde, é o próprio Estado (Não. Era o povinho, estava-se mesmo a ver!). De acordo com as previsões, até ao final de 2007, os cofres públicos vão conseguir poupar 115 milhões de euros (se ao menos fossem aplicados em alguma medida importante para o país ou de utilidade para a sociedade).
Sendo que, em 2006, pelo valor das pensões mínimas do regime geral (para quem tem até 14 anos de carreira contributiva), os pensionistas receberam por mês +/- 223,24 euros.
A pensão social fixou-se em 187,62 ou 203,50 euros, consoante o beneficiário tenha uma idade inferior ou superior a 70 anos, respectivamente. Os pensionistas das actividades agrícolas ficarão com a sua pensão situada nos 206,07 euros. 

E são estas pensões que compõe a grande maioria dos pensionistas, ou seja, a maioria das pensões atribuídas no nosso país, situam-se nos escalões mais baixos.
Segundo um estudo efectuado, os portugueses acreditam que a sua qualidade de vida vai diminuir depois de reformados.
Dos portugueses inquiridos e que se encontram no activo, 72 por cento consideram que «o rendimento da reforma será mais baixo do que a remuneração auferida
Já dos inquiridos reformados, 43% garante que sofreu um decréscimo de nível de vida após reforma.
Dos portugueses inquiridos e que se encontram no activo, 72 por cento consideram que «o rendimento da reforma será mais baixo do que a remuneração auferida
Já dos inquiridos reformados, 43% garante que sofreu um decréscimo de nível de vida após reforma.
Outra das conclusões deste estudo é que o valor real da reforma não é suficiente para pagar as despesas domésticas. Há um défice mensal de 42 euros entre o valor líquido mensal das pensões e o montante necessário para as despesas.
Apenas 15% dos activos sabem o valor da reforma futura, vivendo os restantes no profundo desconhecimento daquilo que irão auferir quando a reforma chegar.
Uma coisa é certa, dificilmente a pensão irá chegar para sobreviver com todas as condições, sem nunca faltar dinheiro.
Ser idoso e reformado, neste país, é um papel demasiado ingrato.
E esta medida vem mesmo no momento certo. Numa altura em que o país anda distraído com as discussões sobre o SIM ou o NÃO, ao referendo do próximo dia 11.
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