terça-feira, 8 de maio de 2007

Nos últimos tempos têm jornais como o Público ou o gratuito Destak, conhecidos pela sua simpatia com israel e os usa publicado artigos que a não serem ignorantes pretendem denegrir a imagem do Irão e do Islão insistindo em associar a Mulher à burka. Para quem não sabe a burka era usada no Afeganistão dos talibãs, os quais conquistaram o poder com a ajuda dos seus amigos da CIA. A burka como a repressão dos Direitos Islâmicos da Mulher é usual em países aliados dos americanos e de raíz sunita, sendo estranha ao xiismo. Terão no Irão acontecido excessos. É normal atendendo às tradições culturais e sociais. Mas o que devia preocupar os nossos jornalistas é o papel atribuído à Mulher nos países islâmicos por quem nutrem simpatia. Pior ainda não os vejo preocupados com o vestuário de raíz religiosa utilizado em israel ou com a imposição da interdição do simples Véu Islâmico pelos sectores mais conservadores e anti-democráticos da Turquia ou com as Leis Francesas. Para além do fundamento religioso que fica ao critério de cada Mulher deverá respeitar-se a decisão de cada uma na Europa poder usar ou não usar o Véu Islâmico. Houvesse tanto cuidado na agressão a que somos todos sujeitos no Ocidente pela indumentária usada no dia a dia por tanta mulher, a qual não abona em favor da Mulher reduzindo-a a mero objecto sexual de consumo. É engraçado que aqueles que tanto insistem em criticar o Islão pouco tenham divulgado na imprensa os estudos científicos que referem, por exemplo, ser a separação de sexos nas escolas um factor positivo de desenvolvimento em especial para as raparigas, normalmente com mais capacidades de aprendizagem que os rapazes. Como curiosidade deixo este link, o qual vale a pena ser lido.

8 comentários:

wind disse...

Bom dia:)
Essa da separação dos sexos nas escolas para maior sucesso, foi mais um dos disparates que ouvi ultimamente!
Beijos

Olga disse...

Este post aborda um tema que me interessa. Realmente, acho que cada mulher deve vestir o que quiser.Aqui não se trata do vestuário, mas do direito das mulheres. Isto sim, é o que me preocupa.Não só nesses países, mas também nos países ocidentais.Podemos não usar burka, mas muitas mulheres ainda têm os seus direitos corrompidos.
Bjs.

Rosario Andrade disse...

Bom dia!
...eu por mim abolia as religioes enquanto organizacoes. Deus devia ser um produto de supermercado, o pessoal ia, comprava um Kit de DYI e fazia um deus pessoal à sua medida, coisa pessoal e intranmissivel, so de trazer por casa e nao de esfregar na cara dos outros. Tipo penso higiénico. Utopias...

Bjicos

Bernardo Kolbl disse...

Eu só vinha ver e confirmar se a Helena Matos do Público me roubou o título do post que eu tinha roubado ao Adolfo, que não é só o PR que anda a trabalhar mas a este tenho de comentar.
Não sou muçulmano, não gosto de árabes e muito menos de sunitas. Ou melhor, ignoro que a Mesquita de Dresden foi construída como escola, também, durante o 2º Reich. Curioso. Como curioso é o facto de Fátima lugar santo ser nome de filha do Profeta e mulher de Ali, 1º Imã dos xiitas e terra onde dizem as lendas ser lugar onde aparecia aos crentes muçulmanos antes de ser raptada pelos católicos. Não menos curioso.
Mas gosto da Pérsia e se calhar por culpa do PR simpatizo com os iranianos e com o Islão xiita. Por acaso inimigos dos talibãs que combateram muito tempo antes dos americanos terem descoberto que os seus homens de mão eram terroristas. E desprezo as ditaduras pró sionistas de Riad, da Jordânia, do Egipto, de Marrocos ou o Paquistão de Musharaf.
Nada que espante o que escreves sobre esses jornais. o Irão claro que assusta: ISRAEL.
Como a clareza e a firmeza dos muçulmanos perante o Ocidente decadente e sem valores. E intolerante face a quem os tem. E os xiitas teêm-nos.
Na Turquia é a esquerda que detesta a Europa quem combate ao lado de um exército, com ambições totalitárias e que insiste em tutelar a sociedade civil, um partido islamista profundamente europeu.
Não será acaso. Na França é o discurso de em nome da tolerância impor a intolerância.
No resto "civilizado" degrada-se a Mulher em nome da Liberdade da dita cuja. O habitual.
Por mim, sem problemas com o Islão, sim a um Irão nuclear, use lenço quem quiser, regresso aos valores e escolas não mistas, naturalmente. Até a esquerda norte americana o defende.
Sobra o blábláblá do costume e o discurso de quem nada percebeu da vitória de Sarko. Os grandes temas e as preocupações dos cidadãos europeus comuns escapam ao discurso da esquerda. E nesse campo a vitória de Sarko foi também a vitória do regresso dos valores e do enterro de vez de Maio 68. Felizmente.
Um abraço Sónia.

vida de vidro disse...

Deverá respeitar-se, digo eu, o desejo de cada um(a) se vestir conforme deseja, independentemente disso resultar de uma ideologia religiosa ou não. Agora, essa da separação dos sexos na escola ser um factor positivo... não me parece, não! E garanto-te que sei do que falo. **

MEU DOCE AMOR disse...

Goseti.Quanto ao papel da mulher...não entendo porque se fala tanto no papel dela.Para desempenhá-lo tem que o conquistar.

O vestuário...cada uma veste o que gosta.A identificação tem um papel fundamental.

As burkas....complicado.Se a usasse era tombo na certa.E faltava -me o ar...(para mim)

As escolas não mistas...e depois(pondo-me no papel dos alunos)aonde íamos ver os miúdos e as miúdas?Não ,não dá.Isso não.
E se não fossem mistas,presumo que nas das meninas,só haveria professoras a leccionar e nas dos meninos,professores.Não,não dá.

Beijinho doce

PintoRibeiro disse...

Quem tem medo de questionar o pensamento normalizado? O bernardo disse quase tudo. Oportuno Sónia. Bem apontado.
Bjinho.

MariaTuché disse...

Pois!!

Religião, politica, valores, tradições.

Que usem estas mulheres o que querem e bem entendem sem que a isso sejam obrigadas e que lhes seja dado valor e respeito.