Aproveitando estes dias para desfazer confusões,

pegue-se na entrevista do líder do PNR à Focus para esclarecer. Também para mim não existe grande diferença entre o Bloco e o CDS, como também defendo a regulamentação da imigração. Sou tão racista e xenófobo como Pinto Coelho, no sentido avançado por ele. Mas não sou nostálgico. Nem de Salazar, de quem não gosto, nem de ninguém. Nem sou fascista. Não aprecio Franco, Mussolini ou Le Pen. Defendo uma Europa única, com capital em Berlim, não atlantista. Não sou islamófobo. Defendo a moeda única. Defendo o direito e os valores da família, combato o lobby homosexual mas não sou homofóbico. Sou anticapitalista, não conservador, e neste país estou perto da herança não estática de um Rolão Preto. Ou do nacional-socialismo até Ernst Rohm. De uma direita revolucionária que naõ tem, ao contrário de Pinto Coelho, qualquer simpatia pela Igreja Católica. Talvez percebam finalmente as diferenças. E, se tiverem tempo e paciência, leiam a revista. Tentem não falar da direita mas de direitas. Múltiplas, como tudo. E espreitem bem nas entrelinhas do políticamente correcto e tentem perceber o que DIZ a reportagem sobre os guettos negros de Lisboa. Ou sobre a vida dos nossos adolescentes. Depois, façam de conta de que nada se passa. E tentem não perceber que a estória da licenciatura que, parece, nunca o foi, é já a desmontagem das estratégias de controle de informação por parte deste governo. Assunto já aqui abordado aquando da magistral tirada ministerial sobre o " jornalismo de sarjeta ".