Trapalhadas sem fim. Continuação do post debaixo.

Cavaco Silva ficou célebre pelo seu caricato "Deixem-nos trabalhar." Talvez por isso ou por ter sido sempre o candidato de José Sócrates tenha deixado passar a Lei do Aborto e esteja agora tão silencioso perante as trapalhadas do primeiro-ministro que só convence quem não quer ver que toda esta situação já teria levado à demissão de Santana Lopes.

Datas que não coincidem, certificados em duplicado com datas diferentes, dois curricula na Assembleia da República, uma avaliação em inglês feita depois de concluída a Licenciatura. Quatro cadeiras dadas no mesmo ano pelo mesmo Professor e chegamos ao Professor Morais, por acaso, primo de Edite Estrela, recrutado por Armando Vara para o GEP do Ministério da Administração Interna que contratou o pai de Sócrates e adjudicou negócios e projectos à Conegil/ASM de que era proprietária a sua mulher e que ficou a dever milhões de euros ao MAI.

Os factos existem, muita coisa não é explicável e parece que não se querem explicadas. O verdadeiro retrato de Sócrates, um político carreirista profissional de partido, começa finalmente a surgir mesmo com o silêncio que se tem pretendido exercer sobre a comunicação social. Sócrates que tanto fala de rigor parece ter horror ao rigor e percebe-se porque motivo as palavras de Marques Mendes foram prontamente criticadas por todos, como se percebe ver e ouvir Valentim Loureiro sair em defesa do primeiro-ministro. Atenta está a CGTP-IN que marcou já uma greve geral que sabe não ir mudar rigorosamente nada, mas serve na perfeição para desviar as atenções.